Permissionários protocolam no IMTT pedido para rodoviária ser terminal dos distritos
Verônica Nascimento 09/08/2019 12:31 - Atualizado em 13/08/2019 13:48
Permissionário Alexander Mattos
Permissionário Alexander Mattos / Verônica Nascimento
Permissionários do transporte alimentador continuam acampados na praça do Liceu, em frente ao Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), nesta sexta-feira (9). Os motoristas de vans, que reivindicam o desembarque de passageiros dos distritos na área central até que os terminais do tronco alimentador sejam implantados pela Prefeitura, estão no local desde a manhã de quinta (8) e afirmam que só sairão quando obtiverem uma resposta sobre sua demanda.
Segundo o permissionário Alexander Mattos, o presidente do IMTT, Felipe Quintanilha, entrou em contato com ele, por telefone, e solicitou que a demanda fosse protocolada no instituto, o que foi feito às 10h desta manhã. Quintanilha teria se comprometido a analisar, junto à Promotoria do Município e ao prefeito Rafael Diniz, o pedido do uso da rodoviária Roberto Silveira como ponto de desembarque das vans que somente circularão nos distritos.
— Nossa reivindicação é simples: deixar a gente desembarcar os passageiros na rodoviária velha, porque lá já é o terminal dos distritos. O terminal está pronto e, com isso, a Prefeitura ia economizar uns 10 milhões (de reais). A Prefeitura está com problema em tanta coisa. Então, a solução começou aqui. É uma solução urgente e botava a gente para trabalhar com dignidade — disse Alexander, destacando que os permissionários aguardarão o resultado da análise do pedido ainda acampados na praça do Liceu.
O porta-voz dos permissionários nesta sexta frisou que a manifestação não tem caráter político. “Sabe por que não tem? Porque o governo passado, em 2014, licitou o transporte e deixou a gente (transporte alternativo) de fora e esse governo, agora, está prejudicando a gente, porque as vans estão aí, prontas, fizemos o nosso papel, e agora falta a Prefeitura fazer o papel dela, para colocar a gente na rua. Mas trabalhar sem dignidade, sem terminal, sem validador, com a população sem cartão (Anda Campos), o passageiro faria o quê? Pegaria um ônibus para vir do distrito para o Centro ou pegaria uma van que vai deixa-lo em um terminal inexistente?”, questionou o motorista da linha Ururaí.
Os permissionários alegam que, até então, o transporte alternativo não havia sido beneficiado com legalização por nenhum governo, mas dizem que, mesmo com a licitação, a atual gestão está prejudicando a atuação do transporte alternativo.
— Não teve governo que fez coisa boa para as vans, não. A gente sabe que todo transporte, todo (serviço do) setor público tem de passar por licitação. Em 2014, tiveram a chance de licitar a gente e não licitaram. O que esperamos é uma solução imediata deste governo, e a solução é colocar a gente na rodoviária velha, porque a lei (edital de licitação) diz que só as vans vão rodar nos distritos, e a rodoviária não está servindo para os ônibus dos distritos? Então, nosso terminal está pronto e só basta boa vontade para colocar a gente lá — declarou Alexander.
A equipe do Folha 1 entrou em contato com a Prefeitura e aguarda respostas.

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