Atuação de Anthony Quinn recebe elogios
Celso Cordeiro Filho 07/02/2019 18:01 - Atualizado em 13/02/2019 17:10
José Roberto destacou o trabalho de Anthony Quinn
José Roberto destacou o trabalho de Anthony Quinn / Rodrigo Silviera
“Assisti o filme há anos, na sessão Corujão, e fiquei impressionado com a atuação de Anthony Quinn. Por isso, decidi exibi-lo no Cineclube para compartilhar com vocês os excelentes momentos que vivi. Aliás, esse ator maravilhoso já fez quase 200 filmes e, por duas vezes, recebeu o Oscar como Melhor Ator Coadjuvante”. A observação é do fiscal de renda aposentado José Roberto (Gugu) Leite Fernandes ao apresentar, nessa quarta-feira (6), no Cineclube Goitacá, o filme “O segredo de Santa Vitória” (1969), do diretor Stanley Kramer.
— Quando vejo um filme — explicou — não presto atenção em quem é o diretor. Isso fica para os cinéfilos, como Felipe (Fernandes) e Gustavo (Oviedo). Minha atenção se volta para os atores, talvez até por ter sido ator de teatro amador. Gosto de ver uma boa interpretação e isso acontece com Anthony Quinn em “O segredo de Santa Vitória”. É uma comédia inteligente e que nos proporciona momentos agradáveis. O importante é que aqui no Cineclube vou sempre querer ressaltar o trabalho do ator.
Segundo observações da crítica trata-se de “um belíssimo filme, de uma enorme riqueza humana, onde se combina drama, comédia, suspense, tragédia e heroísmo. No meio da brincadeira, Kramer (que sempre foi um cineasta político) aborda questões muito sérias — a unidade comunitária, a resistência coletiva, invasão e opressão, liberdade e fascismo, a simplicidade da liderança, a honestidade política, a ética militar, a organização do poder (político) local e até o casamento (à italiana). Tudo com simplicidade, honestidade, sentimento e grande sentido humano. Mas também com boas doses de suspense (os 20 minutos finais, onde os nazis se tornam mais ameaçadores e onde é feito o derradeiro teste às capacidades de resistência da povoação). Anthony Quinn é majestoso na sua simplicidade e humanidade. Anna Magnani parte (literalmente) a louça toda, num vendaval de feminilidade, coragem e emoção (veja-se a atitude perante o oficial nazista). A química entre os dois é absolutamente extraordinária (todas as cenas entre ambos, onde trocam insultos, tabefes e carinhos)”.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS