Wladimir nega ter ido ao PSOL
Suzy Monteiro 27/12/2018 10:46 - Atualizado em 03/01/2019 16:43
O pedido de cassação formulado pelo PSOL estadual contra os deputados eleitos Wladimir Garotinho (federal) e Bruno Dauaire (estadual) continua repercutindo. Nessa quarta-feira (26), Wladimir negou que tenha procurado um deputado do PSOL para pedir a retirada do processo, como chegou a informar a coluna Informe do Dia, do jornalista Cássio Bruno, do jornal O Dia. A nota foi replicada no blog de Esdras Pereira, hospedado no Folha 1. Enquanto isso, o corregedor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Carlos Santos de Oliveira mandou notificar Wladimir e Bruno para, se quiserem, apresentarem suas defesas, em cinco dias, na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije).
A coluna Informe do Dia trouxe a informação que Wladimir teria telefonado para o deputado estadual Flávio Serafini (PSOL). Na conversa, dentro de um avião da Latam, que fazia o percurso Brasília/Rio, ele teria pedido a Serafini para interceder de modo que o partido retirasse o processo.
Porém, Wladimir nega que a conversa tenha acontecido.
— Nunca troquei duas palavras com Serafini, mesmo no tempo em que estive na Alerj (Wladimir foi assessor de Bruno). Basta perguntar ao próprio que verá que esse telefonema nunca existiu. Isso é história de quem quer disseminar fakenews e deixar jornalista ciente de que tem uma fonte furada — afirmou. A Folha não conseguiu contato com Serafini nessa quarta.
Na petição ao TRE, o PSOL junta uma série de fotos e um vídeo como provas da ligação de cabos eleitorais que estariam envolvidos nos supostos crimes e também cita uma possível aproximação dos dois políticos com traficantes de Guarus. O PSOL faz referência, ainda, à operação Verde Oliva, das polícias Civil e Militar, desencadeada em 16 de outubro para prender suspeitos da morte de um militar do Exército. Durante as investigações, uma escuta telefônica foi divulgada na qual o suposto chefe do tráfico no Parque Eldorado fala de dentro do presídio sobre quais candidatos poderiam fazer campanha na comunidade. “Quando consultado o resultado das eleições, verifica-se que o primeiro réu (Wladimir) teve expressiva votação na localidade acima mencionada, sendo o candidato federal mais votado de lá, tal como ocorreu com o segundo réu (Bruno)”, diz a denúncia.
Semana passada, em vídeo, Wladimir creditou a denúncia a uma suposta ligação do PSOL com o PT, que já teve em seus quadros o vereador Marcão Gomes (PR), a quem Wladimir classificou como seu “principal adversário”. Porém, sobre as denúncias, nada comentou. Já Marcão afirmou que o deputado repete o pai e deveria cuidar de se defender na Justiça. 

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