Envelhecimento: o papel do idoso ativo na sociedade e no mercado de trabalho .
Helô Landim
  Envelhecimento ativo é a capacidade de os idosos continuarem participando da sociedade, por meio do envolvimento em questões sociais, econômicas, espirituais, culturais e cívicas. Quanto mais ativos, mais os idosos conseguem superar as dificuldades.
  Para especialista, o Brasil deveria aproveitar o chamado "bônus demográfico" para estabelecer políticas públicas para sustentar o envelhecimento da população.Em 2002, a OMS, Organização Mundial de Saúde, lançou o Marco Político do Envelhecimento. Em 2015, o Centro Internacional de Longevidade lançou uma publicação incorporando novos conceitos sobre o envelhecimento ativo, principalmente a questão dos direitos dos idosos e da resiliência.

  Segundo o médico Alexandre Kalache, presidente do centro, o envelhecimento ativo é uma visão que garante às pessoas idosas uma participação continuada em questões sociais, econômicas, espirituais, culturais e cívicas.

   O envelhecimento ativo é o que irá garantir a qualidade de vida após os 60 anos, e ele está diretamente relacionado à capacidade do indivíduo de manter a sua autonomia e independência.

   Envelhecer no Brasil tem algumas particularidades, segundo a coordenadora-geral de Saúde da Pessoa Idosa do Ministério da Saúde, Maria Cristina Correa Lopes Hoffman. Ela lembra que o envelhecimento é muito pessoal e influenciado por vários fatores. No entanto, é um processo com o qual não devemos nos preocupar apenas ao completar 60 anos de idade, mas ao longo de toda a vida.
 Portanto , muito do nosso envelhecimento, de como se dará o nosso processo de envelhecimento será reflexo de como nós estamos cuidando desse nosso processo. Como que nós cuidamos das questões relacionadas à nossa alimentação, à nossa prática de atividade física, a nossa garantia de debate, de espaço, de decisão, de autonomia. Então, são diversos fatores que vão influenciar no processo de envelhecimento. Fatores socioeconômicos, hábitos de vida, aspectos culturais.
 Outro aspecto do envelhecimento ativo é a capacidade laboral. O consultor legislativo Alexandre Cândido tratou do tema "mercado de trabalho" no livro publicado pelo Cedes, Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara dos Deputados.

 Cândido fala sobre algumas das dificuldades enfrentadas pelos mais velhos para se reposicionar no mercado de trabalho."O que acontece é que, hoje, as faixas mais idosas da população, elas têm um maior grau de analfabetismo e acabam competindo com as gerações que já são nascidas na era digital. Óbvio que isso depende da ocupação, do trabalho que vai ser, que aquela pessoa está competindo. Ela vai ter uma grande dificuldade de competição."
 Fato é que não podemos esquecer a educação social continuada,são necessárias  políticas nacionais  educacionais, (assim como há a política nacional de saúde de cuidados) ou de capacitação, podem ser até profissionais, para essa faixa etária mais madura, para que eles consigam permanecer no mercado de trabalho.
 Há ainda a importância da participação sócio cultural do idoso e de quem se prepara para envelhecer, pois é justamente essa participação social que se dá através da empregabilidade da pessoa idosa, do exercício da cidadania, das oportunidades de vida saudável em sua plenitude , que possibilitam o aumento da autonomia, da funcionalidade preservada dando dignidade aqueles que envelhecem.

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