Santo Amaro se prepara para festa
28/12/2018 18:22 - Atualizado em 03/01/2019 14:08
Divulgação
A programação da 286ª Festa de Santo Amaro começa a ser definida. A banda Pequeninos do Senhor fará o show principal no dia 15 de janeiro. O prefeito Rafael Diniz assegura apoio à estrutura para a realização da festa que recebe público de 150 mil pessoas.
No dia 6 de janeiro, a festividade começa com cavalgada, que terá início às 8h, no Sítio Pai e Filho, localizado na Estrada de São Bento, e com chegada à Praça do Santuário, às 12h. A noite começará a novena com missa às 19h. No dia 14 de janeiro, logo após a missa, acontece o levantamento do mastro. No dia 15, será celebrada a primeira missa às 3h para receber centenas de peregrinos que fazem o Caminho de Santo Amaro. Às 11h, o Bispo de Campos Dom Roberto Francisco preside a missa solene. À tarde, acontece o desfile de bandeiras e a Cavalhada. E, fechando a parte religiosa, a procissão percorre as ruas do distrito.
— Saúdo a Festa de Santo Amaro e a Cavalhada, que continuam atraindo visitantes de todo o país e movimentando a economia local. Convido todos a prestigiar este grande evento de fé e tradição, vivendo e valorizando o que nossa cidade tem de melhor. Apoiamos as manifestações populares, e, obviamente, estaremos presentes na Festa de Santo Amaro, dando todo o apoio necessário para que as comemorações pelo padroeiro da Baixada aconteçam da melhor maneira possível — destaca Rafael Diniz.
Os preparativos para a Cavalhada, espetáculo que acontece no dia 15 de janeiro, começaram no inicio do mês com os ensaios e promete levar à arena anexa a praça um público de duas mil pessoas. Uma tradição que vem sendo preservada pela comunidade e faz parte do calendário cultural da cidade O Prefeito de Campos Rafael Diniz destaca a importância do folguedo de origem portuguesa.
— Campos se orgulha de ter uma das manifestações culturais mais tradicionais do país, com quase 300 anos de história. A Cavalhada é um patrimônio imaterial do município; uma tradição que se fortalece a cada ano. Na nossa querida Baixada Campista, ela mobiliza famílias há muitas gerações – uma demonstração da fé do nosso povo — disse Rafael.
Dom Roberto Francisco fala da Cavalhada, que é uma das tradições mais expressivas de ampla ressonância popular da baixada campista. Inspirada nos livros de cavalaria medieval como a “História de Carlos Magno e os Doze Pares da França”, os torneios e justas que mostravam a arte dos cavaleiros e suas habilidades presentes na cavalhada campista: as argolas, o ataque de espadas e o salto da garupa.
— A Cavalhada está inserida profundamente no coração da festa e no espírito de Paz e reconciliação do cristianismo legado da mística beneditina. A Cavalhada acontece à tarde pelas 15 horas e encena o drama na luta dos cristãos e dos mouros, mas a trama termina na carreira do abraço, salientando a confraternização dos cavalheiros no que o Papa Francisco chama de Cultura do Encontro — destaca Dom Roberto.
Dom Roberto observa que a Cavalhada apresenta, desde sua preparação à sua realização, processos coletivos que envolvem famílias e dão espaço a um aprendizado muito rico de símbolos, tradições orais e recordação de pessoas que construíram e fizeram parte dela.
— A identidade religiosa, a defesa da fé e a interação dialógica com o outro neste caso o mouro, possibilitam ampliar o horizonte de compreensão com culturas diferentes, com pessoas de crenças diversas e no respeito e a tolerância firmar laços de hospitalidade e convivência. Hoje um grande desafio para nossa fé é o pluralismo e o sincretismo, fenômenos socioreligiosos que exigem abertura, fineza de espírito e um olhar de empatia generosa. Desarmar os corações dando sempre o primeiro passo rumo ao amor universal e a Aliança pacífica entre as civilizações é o que caracteriza o cristianismo autêntico, liberto de espírito de sectarismo ou de fundamentalismos guerreiros. É esta faceta de uma religiosidade popular viva e compartilhada entre as gerações num colorido plural, mas de raízes profundamente cristãs que atrai e continua sendo um motivo de alegria e participação multitudinária em Santo Amaro — concluiu Dom Roberto. (A.N.)

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