Freixo pede investigação de suposta ligação de deputados do MDB com a morte de Marielle
10/08/2018 13:44 - Atualizado em 10/08/2018 16:13
Marielle Franco
Marielle Franco / Divulgação
Em entrevista ao RJ2 nesta quinta-feira (9), o deputado Marcelo Freixo (PSOL) cobrou que a Divisão de Homicídios investigue a possível ligação de três deputados do MDB envolvidos na Lava Jato com a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. São eles Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo. Neste sábado (11), o assassinato da vereadora e do motorista completa cinco meses. Picciani e Albertassi se manifestaram e negaram envolvimento.
A ligação de políticos no assassinato foi discutida em reunião no dia 14 de junho, entre dois delegados da Divisão de Homicídios, procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e o deputado Marcelo Freixo. A reunião foi na sede do MPF, no Centro.
Na pauta da reunião, a suspeita de ligação do crime com uma das investigações mais rumorosas e importantes do país: a Operação Lava Jato. Uma ação movida pelo deputado Marcelo Freixo poderia ter motivado a morte de Marielle.
“Essa reunião aconteceu. Nós conversamos no Ministério Público, porque os delegados da investigação do caso da Marielle queriam saber se nós havíamos conversado, no período da denúncia que fiz aqui na Assembleia Legislativa contra o deputado [Edson] Albertassi, na sua indicação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ)."
Por meio de nota divulgada por seus advogados, Jorge Picciani afirmou que a acusação feita por Marcelo Freixo é irresponsável. Ele afirmou ainda que, graças a seu apoio, a CPI das Milícias existiu e que nunca levantou a voz contra qualquer pessoa em sua vida política e nem praticou nenhum ato de violência, além de sempre ter condenado o uso da força.
Picciani completou afirmando que não é verdadeiro vinculá-lo à indicação do deputado Edson Albertassi a uma vaga no TCE. Por fim, ele completa que está tomando as medidas judiciais cabíveis contra Marcelo Freixo.
Edson Albertassi classificou a acusação de Marcelo Freixo como mentirosa e afirmou que foi a Presidência da Alerj que suspendeu a sessão de votação da indicação dele a uma vaga no TCE. Ele também afirmou que o deputado terá que responder pelas declarações à Justiça.
Fonte: G1

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