Situação de alerta para dengue
Jane Ribeiro 29/11/2017 21:21 - Atualizado em 30/11/2017 13:31
Mutirão de combate ao Aedes aegypti
Mutirão de combate ao Aedes aegypti / Rodrigo Silveira
O Rio de Janeiro tem 21 municípios em situação de alerta para dengue, zika e chikungunya, e Campos está entre eles para casos de dengue, segundo o novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (Liraa) de 2017, divulgado pelo ministério da Saúde. No município, segundo dados da Vigilância em Saúde, até setembro deste ano, 20 casos de dengue foram confirmados, enquanto no mesmo período do ano passado foram 1.605 casos. A Prefeitura pede a colaboração da população para impedir a proliferação do mosquito e o surgimento de novos casos. No dia 15 de dezembro, será realizado o Dia D de mobilização contra o mosquito.
No total, 3.946 cidades do país fizeram o levantamento, sendo que, desses, 2.450 municípios estão com índices satisfatórios, com menos de 1% das residências com larvas do mosquito em recipientes com água parada; 1.139 em alerta, com índice de infestação nos imóveis entre 1% a 3,9%; e 357 em risco, com mais de 4% das casas com infestação.
Até 11 de novembro de 2017, foram notificados 239.076 casos prováveis de dengue em todo o país, sendo observada uma redução de 83,7% em relação ao mesmo período de 2016 (1.463.007). Com relação ao número de óbitos, também houve queda significativa (82,4%), reduzindo de 694 em 2016 para 122 em 2017. Da mesma forma, os registros de dengue grave caíram 73% de um ano para outro, passando de 901 para 243. Já dengue com sinais de alarme passou de 8.875 em 2016 para 2.209 em 2017, apresentando uma redução de 75%. O estado do Rio registrou 9.678 casos prováveis de dengue neste ano. Em 2016, foram 83.758.
Apesar do alerta, o resultado do último Liraa em Campos mostra uma queda dos índices, em virtude do trabalho de combate ao Aedes aegypti, realizado desde o início do ano, aliado ao longo período de estiagem no município.
— Todos os bairros devem estar em alerta e manter as ações de prevenção, evitando acúmulo de lixo e material inservível, principalmente durante o período de chuva — informa o diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Jorgeamado de Almeida.
Pesquisa — Dentre os ovos de mosquitos, o do Aedes é um dos que conseguem sobreviver por mais tempo fora d’água (até um ano), o que dificulta o seu controle. Uma pesquisa feita pela Uenf pode ser um passo importante para o controle desse mosquito. O estudo, desenvolvido pelo professor Gustavo Lazzaro Rezende, mostra por que o ovo é tão resistente: a causa está na melanina, substância que confere a cor escura às cascas dos ovos. 

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