Morre a professora Regina Sardinha
Paula Vigneron 03/10/2017 18:35 - Atualizado em 06/10/2017 18:08
Regina Sardinha
Regina Sardinha / Divulgação
A ex-diretora da antiga Faculdade de Filosofia de Campos (Fafic) e ex-reitora do atual Centro Universitário Fluminense (Uniflu) Regina Sardinha, 68 anos, morreu na tarde desta terça-feira (3) após um longo tratamento contra o câncer. A professora estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular. A primeira vez em que foi diagnosticada com a doença foi em 2004. O velório acontecerá no prédio da instituição de ensino, no Centro.
Professora da instituição desde o início dos anos 60, Cacaia Mattoso falou sobre a importância da ex-reitora para a construção do Uniflu, formado pelas antigas faculdades de Filosofia, Odonto-logia e Direito. “Regina era uma pessoa que, cotidianamente, nos ensinava e aprendia. Ela foi uma base de sustentação democrática para a Filosofia, principalmente nos momentos em que nós nos reunimos para a transformação das três faculdades no Centro Universitário, nos atualizando a nível superior e sempre com muita dignidade, democracia e profunda transparência”, relatou.
Cacaia lembrou que Regina tinha um gabinete, mas costumava andar pela instituição. “Ela não ouvia apenas. Ela olhava. Então, ela vai nos deixar uma lição permanente de equipe de trabalho para o bem coletivo, não só de ensino superior, mas da educação do município. Era uma figura ímpar e necessária neste contexto que deixa um legado de aprendizagem significativo para todos nós que atuamos no ensino superior”, finalizou a docente.
Por meio de redes sociais, amigos prestaram homenagens a Regina, que esteve à frente da instituição de ensino por 20 anos. “Não há palavras para descrever o que sentimentos quando recebemos a notícia de que alguém especial partiu. Neste instante, todos os momentos vividos vêm à mente, o coração aperta, difícil conter a emoção. Regina Sardinha, que Nossa Senhora te receba de braços abertos e console sua família. Foram muitos momentos, um convívio diário, em que aprendi muito tanto profissionalmente e como pessoa. Ela merece todas as homenagens possíveis. Conheci Regina aos 23 anos de idade, como caloura do curso de jornalismo, e sou muito grata a ela”, declarou a professora Manoela Vieira Dias, que trabalhou e conviveu com a ex-diretora por 15 anos.
Devido ao falecimento da professora, o Uniflu cancelou todas as atividades acadêmicas nesta terça e quarta-feira. “É com pesar que o Uniflu anuncia o falecimento de uma das fundadoras desta Instituição: a professora e ex-reitora Regina Sardinha. Conhecida por seu empenho na Educação de Campos, ela esteve à frente desta instituição de ensino por 20 anos e lutava contra o câncer desde 2004. À família, nossa solidariedade”.
  • Regina Sardinha

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A jornalista Fernanda Lisboa também se recordou da importância da ex-diretora em sua trajetória profissional: “Muitas pessoas me ajudaram a seguir com o sonho de ser jornalista. Uma dessas pessoas foi fundamental nesse caminho. Como diretora da antiga Faculdade de Filosofia de Campos, Regina Sardinha não mediu esforços para que isso fosse possível! Lembro quando decidi trancar o curso de Letras e entrei na sala dela, querendo transferir o curso para Comunicação Social, quando o vestibular já tinha passado. Ela chamou o saudoso, e não menos querido, Andral Tavares, e pediu para que viabilizasse o que fosse preciso, porque sentiu a força do meu desejo. Acreditou no que eu queria. Sei que está em um bom lugar agora. Está ao lado do Pai, onde continuará olhando por aqueles que têm sonhos. Descanse em paz!”.
Devido ao falecimento da professora, o Uniflu cancelou todas as atividades acadêmicas desta terça e quarta (4). A instituição emitiu uma nota oficial por meio da página do Facebook: “É com pesar que o Uniflu anuncia o falecimento de uma das fundadoras desta Instituição: a professora e ex-reitora Regina Sardinha. Conhecida por seu empenho na Educação de Campos dos Goytacazes, ela esteve à frente desta instituição de ensino por 20 anos e lutava contra o câncer desde 2004. À família, nossa solidariedade”.

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