SJB: Chinês só vai para avenida em 2018 com subvenção antecipada
17/07/2017 18:37 - Atualizado em 18/07/2017 13:47
Encontro aconteceu no Cine Teatro São João
Encontro aconteceu no Cine Teatro São João / Maria Eni Amaral
O Grêmio Recreativo Escola de Samba O Chinês firmou posição em reunião na tarde desta segunda-feira (17), no Cine Teatro São João: só vai para a Avenida do Samba em 2018 se a subvenção concedida pela Prefeitura de São João da Barra for paga com antecedência, mesmo que em parcelas. O assunto foi debatido em reunião que contou com a presença de representantes da Prefeitura, do Chinês, do Grêmio Recreativo Escola de Samba Congos e do conselho municipal de Cultura.
Secretário de Planejamento do município, Sávio Saboia ouviu as sugestões dos membros das escolas de samba e vai avaliar a possibilidade de mudança na forma de pagamento às agremiações. Outra reunião deve ser marcada para debater o assunto. “Segundo eles, e a gente sabe que é, receber o recurso faltando poucos dias para carnaval fica inviável para a realização do trabalho. Não tenho como confirmar hoje se essa mudança vai poder ocorrer este ano. Temos que aguardar agora para saber se isso é viável, principalmente financeiramente. O Orçamento foi criado no ano passado. A gente pode até prevê esse modelo, de termo de fomento, para o ano que vem. Demos um prazo de estudo: ele vão entregar o ofício e vamos mandar a resposta em cerca de 15 dias”, disse Sávio.
Presidente do Conselho deliberativo do Chinês, Marcelo Gaia afirmou por diversas vezes durante o encontro que a tradicional escola não vai para a avenida no ano que vem se não houver mudança. Não é de hoje que os membros das agremiações reclamam da forma de repasse, que, na prática, leva as escolas a terem de buscar empréstimos e outras formas de fazer o barracão funcionar até que o dinheiro da Prefeitura entre em caixa.
Apesar de não indicar a possibilidade de não desfilar no ano que vem, integrantes da escola de samba Congos manifestaram apoio ao movimento. Acreditam os membros das duas agremiações que com a ausência de uma delas, quem perde é o carnaval sanjoanense, já que a rivalidade que “faz tremer os paralelepípedos” é quase secular.
Idade mínima — Os representantes das escolas também solicitaram apoio do jurídico da Prefeitura para que seja revista uma decisão do juízo local com relação à idade mínima para componentes de escolas na avenida. Atualmente, a escola é multada caso uma criança menos de 14 anos participe do desfile. No Rio de Janeiro, onde os desfiles acontecem de madrugada, há mais flexibilidade, dizem eles. Integrar as crianças na escolas de samba, o mais cedo possível, é a forma vista pelos dirigentes de manter a tradição do carnaval sanjoanense.

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    Arnaldo Neto

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