Ex-subsecretária vai à Federal
Suzy Monteiro e Paula Vigneron - Atualizado em 18/05/2017 10:17
Joyce Lopes esteve na Polícia Federal
Joyce Lopes esteve na Polícia Federal/Paulo S.Pinheiro
Em mais uma ação dentro das investigações da Chequinho, a Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã dessa quarta-feira (17), mandado de busca e apreensão na casa de Joyce Lopes, ex-subsecretária de Governo na gestão Rosinha. Ela foi indicada no depoimento da radialista Beth Megafone, que afirmava estar sendo intimidada para não fornecer informações sobre o uso irregular do Cheque Cidadão. Não encontrada no seu endereço, Joyce se apresentou por volta das 11h50 na sede da PF, mas deixou o prédio cerca de 10 minutos depois. Um computador foi apreendido e levado para averiguação. A informação foi postada no blog de Arnaldo Neto, hospedado no Folha Online.
Beth informou à PF, no dia 8 de maio, que Joyce estaria na porta da sua igreja no dia anterior ao depoimento. Segundo ela, Joyce seria ligada ao grupo político de Anthony Garotinho. Ela também teria comparecido à festa de aniversário de Garotinho e seria administradora de grupos de WhatsApp do grupo político por ele dirigido.
O advogado Eduardo Ferraz, que faz defesa de Joyce, nega que ela tenha tentado intimidar Beth.
— Essa igreja que a Beth Megafone passou a frequentar é a mesma que o delegado Paulo Cassiano é membro. O irmão da Joyce Lessa também é membro dessa igreja há nove anos. Ela foi lá falar com o irmão, nem sabia que Beth Megafone frequentava a igreja - afirmou o advogado.
Ferraz acrescentou que, no depoimento à PF, sua cliente contou que o irmão cursa Medicina em Itaperuna e Joyce disse ter ido à igreja para entregar a chave do apartamento dele, que estava com ela. Joyce nega que tenha visto Beth na igreja. O depoimento de Beth no último dia 8 foi citado pelo vice-procurador geral eleitoral Nicolao Dino, no julgamento de Habeas corpus no caso Chequinho, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No depoimento, a radialista contou que, em dois dias diferentes, percebeu estar sendo seguida por um Astra preto, primeiro quando ia com o marido à igreja e, na outra ocasião, ao avistar o mesmo carro na esquina de sua casa. Depois, dia 7 de abril, ela afirma ter sido perseguida por dois homens em uma moto, no Centro de Campos, até conseguir se refugiar dentro de um shopping. E que, no dia 4 de maio, teria acontecido a ação mais direta. Elizabeth disse que estava num ponto de ônibus da Avenida 28 de março quando dois homens em uma moto sem placa subiram a calçada. Ao pensar que era um assalto, fez menção de entregar o celular, mas um dos homens perguntou se ela era a “Beth Megafone” e em seguida afirmou: “Cala sua boca, porque assim como nós te achamos hoje, achamos você e sua família em qualquer dia, em qualquer lugar”. Em seguida, os dois saíram com a moto.

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