SJB entre o progresso do Porto e o atraso da briga de galos
Esdras
Não é de hoje que as chamadas brigas de galo vêm preocupando as autoridades de todo o País. Sua prática constitui crime de crueldade contra os animais previsto no artigo 32 da Lei nº 9605/98, cuja pena vai de 03 (três) meses a 01 (um) ano de detenção, além do pagamento de multa. A pena sofre aumento se ocorre morte do animal. Além de constituir também contravenção penal de jogo de azar, prevista no artigo 50 do Decreto-lei nº 3688/41, com pena de prisão simples de 03 (três) meses a 01 (um) ano, além da multa e perda dos móveis e objetos decorativos do local. A Constituição Federal no artigo 225, § 1º, inciso VII, determina ao Poder Público a proteção da fauna e flora, vedando, na forma da lei, as práticas que submetam os animais à crueldade. Mesmo assim, nossos Tribunais dão conta de que é grande o número de pessoas que insistem com o que chamam erroneamente de “prática esportiva” de brigas de galos, e até existem aqueles que se especializam na exploração da crueldade, criando e vendendo esses animais com altíssimos lucros. Para surpresa de muitos e preocupação de poucos, esta semana a Somos Assim traz matéria mostrando a existência de centros de criação e treinamento de galos de briga, criados para sofrer do nascimento à morte, mantidos no centro daquela cidade. Uma missão para os Cinco Cavaleiros do Apocalipse Certamente, diante dessa reportagem, comprovada fotograficamente, a Câmara Municipal de São João da Barra, que tem a nobre missão de zelar pelo cumprimento das leis, até as de postura, que não permitem a criação comercial de animais no perímetro urbano, e também as outras leis de proteção ambiental, bem mais sérias, que não permitem a crueldade contra os animais, irá tomar uma posição firme para dar um basta nessa situação. A São João da Barra do futuro, do progresso, do super Porto do Açu e de projeção mundial, não merece ter a sua imagem associada ao atraso da crueldade para com os animais, para o simples entretenimento humano. A Somos fotografou dois centros especializados na criação e treinamento de galos de briga, instalados dentro da cidade de São João da Barra, um na Rua Artur Bernardes de Almeida, esquina com a Rua Ana Souza Paes, na Água Santa, e o outro na Rua Rizzio da Graça Raposo, na Chatuba, como mostram as fotos. O material colhido poderá ser bastante útil ao Ministério Público e aos cinco vereadores de SJB que, recentemente, mostraram bastante preocupação com a questão ambiental: o presidente da Câmara vereador Alexandre Rosa, e os vereadores Gersinho, Kaká e Franquis e, um dos mais atuantes, o vereador “Camarão” que, temos certeza, tomará providências imediatas para fechar os dois centros de criação e treinamento de galos de briga, uma atividade altamente lucrativa, que produz os animais que, do nascimento à morte, são  submentidos a crueldades. E, como se galos e galinhas não sofressem o bastante com a cruel exploração humana em fazendas de ovos e carne, eles ainda são vítimas dessa prática brutal. Haja sangue frio para se entreter com duas aves batalhando até a morte. Se os cinco vereadores que defenderam tão arduamente o interesse ambiental no caso do Porto, especialmente “Camarão”, que já carrega um apelido que remete à fauna, mostrarem o mesmo empenho para impedir que indefesos animais sejam dolorosamente sacrificados por diversão e lucros com apostas, em breve esta crueldade não terá mais espaço no município de São João da Barra. Uma ação dessa natureza será aplaudida por aqueles que os elegeram. Saiba mais AQUI. ATUALIZAÇÃO: Se algum leitor fotografar a retirada dos galos ou a chegada do Ibama nessa manhã de domingo, por favor, nos envie as fotos ATUALIZAÇÃO II: Flagrante em rinha de galo prende 77 pessoas em Itaperuna
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