Campeão estadual e da Libertadores, Fluminense tem temporada histórica
30/12/2023 11:39 - Atualizado em 30/12/2023 17:19
Foto: Lucas Merçon/Fluminense
Foto: Lucas Merçon/Fluminense / Flu levantou três troféus no ano
Nem o mais fanático torcedor do Fluminense esperava um ano tão marcante quanto foi 2023. Afinal, enquanto o Flamengo e o Botafogo terminaram a temporada frustrados, e o Vasco viveu o alívio de não ser rebaixado pela quinta vez no Campeonato Brasileiro, o Flu levantou três troféus durante a temporada. Não bastasse ter sido bicampeão da Taça Guanabara e do Campeonato Estadual de forma consecutiva, ainda venceu a Copa Libertadores da América pela primeira vez na história.
Mantido no Fluminense da última temporada, o técnico Fernando Diniz viveu momentos de afirmação. Começando pela Taça Guanabara, que o Fluminense venceu pela 12ª vez, com uma campanha de oito vitórias, um empate e duas derrotas. O título foi confirmado no dia 8 de março, na última rodada, com uma vitória por 2 a 1, de virada, do Flamengo,
Essa não foi a única vez em que Fluminense desbancou o arquirrival. Nos dias 1º e 9 de janeiro, o clássico voltou a acontecer, no mesmo Maracanã, mas pela final do Estadual. E o Flamengo abriu uma boa vantagem, vencendo o jogo de ida por 2 a 0. Porém, o Flu não apenas reverteu o placar na segunda partida, como chegou a estar vencendo-a por 4 a 0, com gols de Marcelo, Germán Cano (duas vezes) e Alexsander. No fim, o Fla ainda descontou com Ayrton Lucas, mas só conseguiu reduzir o placar agregado para 4 a 3.
Se foi grande a festa tricolor pelo bicampeonato estadual, nem se compara com a do título inédito da Libertadores. Sustentado pela convicção do técnico Fernando Diniz, a superação do goleiro Fábio, a categoria do lateral-esquerdo Marcelo, a experiência e a bravura do zagueiro Felipe Melo, a artilharia do atacante Germán Cano e a estrela do atacante reserva John Kennedy, o Flu teve uma campanha de oito vitórias, três empates e duas derrotas. Líder do Grupo D na primeira fase, o Flu passou pelo Argentinos Juniors (ARG) nas oitavas de final, pelo Olimpia (PAR) nas quartas e pelo Internacional na semi, com direito a uma virada de 2 a 1 no Beira-Rio, após empate por 2 a 2 no Maracanã. A decisão aconteceu no dia 4 de dezembro, no próprio Maracanã, e os gols de Cano e Kennedy garantiram o título com a vitória por 2 a 1 sobre o Boca Juniors (ARG).
Em dezembro, o Flu viveu a expectativa de mais um título inédito ao passar pelo Al Ahly (EGI), em sua estreia no Mundial de Clubes. Na final, o troféu acabou ficando com o Manchester City (ING), mas nem mesmo a derrota por 4 a 0 foi capaz de diminuir a alegria tricolor pelo ano histórico.
Fla e Fogo frustrados, e o Vasco, aliviado
O ano de 2023 reservou diversos momentos de frustração à torcida do Flamengo. Logo em janeiro, o clube foi vice-campeão da Supercopa do Brasil, perdendo por 4 a 3 para o Palmeiras. Em fevereiro, caiu na semifinal do Mundial de Clubes de 2022, sendo superado por 3 a 2 pelo Al-Hilal (ASA), e só conseguiu a terceira posição, vencendo o Al-Ahly (EGI) por 4 a 2. Também perdeu a Recopa Sul-Americana, sendo vice para o Independiente del Valle (EQU), nos pênaltis.
Em março, o Fla sucumbiu diante do Fluminense na última rodada da Taça Guanabara, da qual foi terceiro colocado, e em abril, voltou a ver o rival levar a melhor na decisão do Campeonato Estadual.
Ainda em abril, o técnico Vitor Pereira foi demitido, e para o seu lugar chegou o argentino Jorge Sampaoli. Este resistiu até setembro, quando o clube foi vice-campeão da Copa do Brasil para o São Paulo. Em agosto, já havia sido eliminado pelo Olimpia (PAR) nas oitavas de final da Libertadores. Coube ao técnico Tite fechar o ano no comando do Fla. Com ele, ao menos o clube se classificou para a fase de grupos da próxima Libertadores, ficando com o quarto lugar do Campeonato Brasileiro.
Mais frustrado do que o Flamengo no Brasileirão, talvez só o Botafogo. Líder da terceira à 33ª rodada, o Glorioso chegou a ter 13 pontos de vantagem em relação ao Palmeiras, que terminou como campeão.
Merece ênfase a dança das cadeiras no cargo de treinador. Desde que o português Luis Castro aceitou a proposta milionária do Al Nassr (ASA), em julho, treinaram o Botafogo Cláudio Caçapa (interinamente, com quatro vitórias em quatro jogos), Bruno Lage, Lúcio Flávio (interinamente) e Tiago Nunes. Sem o mesmo gás e tendo tropeços improváveis (como as derrotas de virada para Palmeiras e Grêmio, ambas por 4 a 3), o Fogo terminou apenas como quinto colocado, tendo que disputar a próxima pré-Libertadores.
Entre as demais competições, foi apenas quinto colocado na Taça Guanabara e no Estadual, vencendo depois o título de consolação da Taça Rio sobre a Portuguesa, em abril. Na Copa do Brasil, caiu nas oitavas de final, perdendo nos pênaltis para o Athletico Paranaense; enquanto na Copa Sul-Americana, foi eliminado nas quartas pelo Defensa y Justicia (ARG).
Quanto ao Vasco, restou comemorar não ter caído no Brasileiro. Segundo colocado na Taça Guanabara e eliminado na semi do Estadual, o cruzmaltino ficou pelo caminho na segunda fase da Copa do Brasil, perdendo nos pênaltis para o ABC. Já no Brasileirão, lutou contra a queda até a última rodada, conseguindo terminar em 15º. Maurício Barbieri treinou o Vasco até julho, enquanto o argentino Ramón Días esteve à frente do elenco no restante da temporada.

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