O médico infectologista Rodrigo Carneiro, subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde, disse que, além do uso de máscara facial, as gestantes devem adotar outras medidas de prevenção como a higienização das mãos e evitar permanecer por longos períodos em ambientes sem ventilação e com aglomeração.
— A varíola dos macacos é potencialmente grave em indivíduos que apresentam algum problema na imunidade. Como as gestantes têm, naturalmente, uma leve queda do sistema imunológico, é um grupo que gera uma maior preocupação, daí a recomendação do Ministério da Saúde — explicou o médico, ressaltando que deve-se evitar contato pele a pele com pacientes suspeitos ou que tiveram a confirmação da infecção pelo monkeypox.
Com 32 semanas de gestação, a professora Damiana das Chagas Chaves, 27 anos, considerou válida a recomendação. “Não saio de casa sem máscara. Além disso, procuro tomar todas as vacinas disponíveis para as gestantes. É uma maneira de cuidar de mim e do bebê”, contou ela, que está grávida de um menino.
A nota técnica do ministério orienta ainda que esse grupo use preservativos em qualquer tipo de contato sexual, que é o principal meio de transmissão da doença. Se apresentarem sintomas suspeitos, como febre, dor de cabeça, dores musculares, cansaço e inchaço dos linfonodos, além de lesões cutâneas, as grávidas devem procurar atendimento médico. Para pacientes sintomáticos, a recomendação é manter isolamento por 21 dias e monitorar os sinais da doença.