Desafio da Copa sustentável
- Atualizado em 19/11/2022 10:14
 
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A Copa do Mundo de 2022 no Qatar começa no domingo (20). Um dos compromissos do país sede com o torneio não é apenas para garantir jogos de qualidade aos amantes de futebol. Historicamente, eventos como a Copa do Mundo mexem no cenário climático global, já que demandam de uma estrutura significativa para acontecerem. Para cada Copa do Mundo, é necessário construir novos estádios para os jogos, hotéis para receber turistas e até mesmo desenvolver uma logística para maior quantidade de voos que cheguem ao país sede. Com tantas movimentações significativas em prol do torneio, é natural que o planeta acabe sendo impactado.

Considerando esse cenário, em 2020, a Fifa impôs o desafio de fazer a Copa do Mundo Qatar a primeira edição 100% neutra em carbono da história. Com isso, o Qatar prometeu neutralizar as emissões de gases do efeito estufa, principalmente do gás carbônico.

Segundo Bodour Al Meer, diretora executiva de sustentabilidade da Copa Qatar 2022, em entrevista para o Globo Esporte em agosto de 2022, “Nós tivemos um planejamento de cinco etapas para uma Copa do Mundo neutra em carbono. Levantamos uma grande preocupação com as partes interessadas, explicando as nossas necessidades. Procuramos mitigar, reduzir e eliminar o máximo possível de emissões. Contratamos uma consultoria para fazer um relatório. E tudo do projeto que não puder ser evitado, vamos compensar com créditos de carbono.”

Os principais objetivos do comitê para a sustentabilidade foram a construção de centros de treinamento, hotéis e, sobretudo, estádios sustentáveis.

Entretanto, mesmo que as promessas feitas sejam animadoras, é importante lembrar que o Qatar é a nação com maior taxa de emissão de CO2 por habitante do mundo, segundo dados constatados durante a Conferência das Partes 18.

Dentre as propostas sustentáveis, todos os estádios que serão utilizados foram construídos para serem eficientes, tanto em seu consumo de energia e água, como em sua estrutura. Alguns deles, até foram construídos de uma maneira que possam ser desmontados e reaproveitado.
Outra medida, foi a construção de um grande viveiro em torno dos estádios e outros espaços públicos da cidade. Também ocorreu investimento em energia solar. Dentre as mobilizações estruturais para o torneio, vale destacar o desenvolvimento de uma usina de energia solar para suprir os estádios.

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