Mais um salto para reforçar o potencial de produção de energia, em Macaé. A contagem é regressiva para consolidar o município como a “Cidade Energia” do Estado do Rio. Está previsto para o primeiro semestre de 2023 o início das obras do Terminal Portuário de Macaé, o Tepor, cuja Licença de Instalação (LI) foi aprovada no último dia 14 de outubro. A licença destrava investimentos privados estimados em R$25 bilhões, incluindo o parque térmico de Macaé, que prevê 13 termoelétricas em operação no futuro.

Atualmente, há duas termelétricas em operação no município: a EDF Norte Fluminense e a UTE Termomacaé Mário Lago, da Petrobras. Está em construção a Marlim Azul, com previsão de início de operação no 1º quadrimestre de 2023, com entrega de energia ao país.

“Estamos muito otimistas. Acreditamos que 2023 será o ano que vai consolidar o município na cadeia produtiva de energia no país. Essa licença do Tepor destrava uma série de empreendimentos.Grande é a expectativa para o leilão de energia, em março do ano que vem, quando são aguardados todos esses projetos de térmicas desenhadas aqui para a região: são 10 projetos. O município játemduas funcionando e uma, a Marlin Azul, terá a entrega de energia para o Brasil no primeiro quadrimestre de 2023, totalizando 13 térmicas no território de Macaé”, diz o secretário de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Vianna.

Outras 10 termelétricas, como as Vale Azul I e II, estão em fase de projeto e licenciamento e fazem parte do Clima (Complexo Logístico e Industrial de Macaé), que objetiva ser o maior parque de geração de eletricidade em usinas térmicas do País, utilizando o gás natural extraído do pré-sal. A instalação do novo porto marca em definitivo a nova fase de desenvolvimento da Cidade Energia, ao representar a mais importante etapa de consolidação de empreendimentos que tornarão o município a maior base operacional da indústria de óleo e gás do país.

Publicada no diário oficial do governo do Estado, a licença de instalação do Tepor é a mais importante etapa de viabilidade para a construção do empreendimento. Para o prefeito Welberth Rezende, o novo porto garante a Macaé mais investimentos, novos negócios e principalmente a geração de empregos.

“Trabalhamos muito na defesa deste projeto que representa o esforço coletivo do nosso governo, das instituições empresariais locais e também do governo do Estado. Este é o resultado de todos que acreditam no potencial da nossa cidade ematrair investimentos, gerar oportunidades e principalmente criar empregos para a nossa população”, destacou o prefeito.

Na ocasião do anúncio da licença para o início das obras do porto, em nota, o governador do Estado do Rio, Cláudio Castro chegou a afirmar: “O Tepor vai garantir para Macaé mais investimentos e novas oportunidades de negócios em diversificados segmentos, além do mercado de petróleo, gás e energia”.
A emissão da LI representa a conclusão de um longo processo de análises sobre os impactos socioeconômicos e estudos que indicam a viabilidade de instalação do empreendimento mediante a execução de medidas compensatórias que assegurem a preservação do ecossistema regional.“Através deste empreendimento, discutimos programas de proteção do nosso ecossistema e já realizamos projetos que ajudarão a recuperar matas nativas”, aponta o secretário municipal do Ambiente, Juninho Luna.

Dentro da projeção, tanto as obras da Usina Termelétrica Marlin Azul como a consolidação do Parque Térmico Sudeste, Macaé caminha a passos largos para que em breve se torne, possivelmente, maior que a Usina Hidrelétrica Itaipu, que possui potência de gerar de 14GWde energia.

UTE Marlim Azul
A UTE Marlim Azul, um projeto da ARKE Energia, será a primeira termelétrica a utilizar gás natural do Pré-sal. Situada no Complexo Logístico e Industrial de Macaé (CLIMA), a localização é estratégica devido a proximidade ao Terminal de Cabiúnas (Tecab). A usina terá capacidade de produção de 510MW, o suficiente para atender mais de 2 milhões de domicílios. A previsão é que sua implantação seja concluída até o final de 2022, com início de operação em janeiro de 2023.

Termelétricas Vale Azul I e II
o de consulta prévia emitida pela Prefeitura de Macaé e irão participar de leilões da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) neste ano. As usinas terão capacidade de gerar juntas 1.24GW por hora e possuem licenças de instalação emitidas pelo IBAMA.

EDF Norte Fluminense (EDF NF)
Termelétrica de ciclo combinado (CCG), com uma capacidade instalada de 827MW, que utiliza o gás natural produzido na Bacia de Campos. A Usina é responsável por 25% da energia consumida na região metropolitana do estado do Rio de Janeiro, o equivalente a 2,5 milhões de pessoas.

UTE Norte Fluminense 2 (UTE NF2)
A EDF Norte Fluminense prevê a construção da Termelétrica Norte Fluminense 2 e terá capacidade de gerar aproximadamente 1,8GW de energia elétrica, o que representa 19% da potência elétrica total instalada no estado do Rio de Janeiro.

Usina Termelétrica Mário Lago
A Usina Termelétrica Mário Lago é a segunda maior do parque gerador da Petrobras e sua capacidade de produção é de 928MW de energia elétrica e possui 20 turbogeradores movidos a gás natural. Sua localização é estratégica para aproveitamento do gás produzido na Bacia de Campos.

UTE Nossa Senhora de Fátima
Usina Termelétrica desenvolvida pela Natural Energia, terá capacidade de produção de 1.7GW e também utilizará gás natural para sua operação.

Termelétricas Jaci e Tupã
As Termelétricas compõem o Complexo Térmico São João, desenvolvido pela Global Participações em Energia (GPE). Jaci e Tupã terão capacidade de produção de 2,7GW.

Termelétricas Litos 1, 2, 3 e 4
Os projetos da Litos Energia terão capacidade instalada de 5.2GW de energia elétrica. Juntas, as usinas ocuparão um espaço de 650 mil m2 e consumirão 20 milhões de metros cúbicos de gás natural diariamente.