Feijoada da retomada econômica no clima de começar de novo
10/08/2022 08:33 - Atualizado em 10/08/2022 10:39
Rodrigo Silveira
Com o tema “Começar de Novo”, o jornal Folha da Manhã se uniu a vários parceiros e realizou sua tradicional Feijoada, no domingo (07). O evento não era realizado há dois anos; um intervalo forçado em decorrência da pandemia da Covid-19, que fez o mundo parar. A festa, umas das mais aguardadas na cidade, foi realizada na Usina do Queimado, em Campos, para centenas de convidados e ocorreu no mesmo momento de retomada do setor econômico no País, no Estado e, também, no Norte e Noroeste Fluminense, num clima de pós-pandemia, mesmo que ela não tenha chegado ao fim. Porém, segmentos econômicos já começam a dar sinais de recuperação. Empresários falam do que ocorreu e do que esperam para os próximos meses. Para muitos deles foi preciso se reinventar e as projeções são as melhores. Eles ainda compartilham da mesma lição, de que crise se combate com trabalho, educação e, principalmente, com parcerias da iniciativa privada com a pública. Cada um fazendo a sua parte.
 
"A região, o Brasil, o mundo todo sofreu, e vem sofrendo. Mas, particularmente, eu acho que a região aqui está conseguindo sair devagarinho, principalmente através da pecuária, do agronegócio, cana, o preço do petróleo ajudou também com os royalties. Então, acho que a gente vai sair bem. Eu estou muito confiante, eu sou otimista. O Estado e, com certeza, Campos também precisa estar no ritmo. Tem municípios que têm muito mais obras do que o Estado do Rio. Então, vou cobrar do Wladimir e do Frederico, que é um filho pra mim, que tem que colocar as licitações na rua para geração de empregos."  Renato Abreu, presidente do Grupo MPE
 
"É um misto, não é de retomada, é de oportunidade. Eu posso dizer com propriedade assim, quando todo mundo precisou ficar em casa, foi quando a gente mais teve que ir pra rua. Porque enquanto todo mundo se trancou, a gente estava voando. A gente estava trabalhando porque as pessoas se isolaram, as pessoas só podiam estudar, só podiam trabalhar, só podiam se comunicar online. Eu acho que a gente é muito privilegiado. A gente tem um complexo portuário nascendo. Quando eu digo nascendo, é que ele está começando, de fato, a produzir os louros que a gente espera. E eu acho que a gente tá numa situação ímpar aqui, que é diferente de vários lugares do país. O Rio de Janeiro, especialmente o Norte e Noroeste Fluminense, tem muito a ganhar com o complexo portuário do Açu". Sérgio Simas, presidente da Forte Telecom
 
"Desde 2019, que a gente vem sofrendo com tudo que vem acontecendo. Agora, com essa guerra, também com a varíola dos macacos, já são agravantes a mais. Eu acho que todos devem dar as mãos para que a gente tenha dias melhores. Eu acredito que a nossa região promete bastante. É uma região muito rica. Espero que os nossos governantes saibam empregar bem tudo aquilo que chega às suas mãos para oferecer ao povo, à comunidade, o que há de melhor para nossa região." Carlos Mário de Souza, diretor-presidente da Rad Med 
 
"O tema da Folha da Manhã é muito oportuno e muito propício, exatamente por causa disso, ao nosso começar de novo. Economia sendo retomada, os índices de desemprego caindo bastante, as estatais começando a dar lucro novamente. A perspectiva nossa é de que se a linha política continuar do caminho que está, as perspectivas são ainda muito melhores para os próximos anos." Aldefran Lacerda, assessor da concessionária Águas do Paraíba


"A gente teve um impacto muito grande nos preços de commodities, que acabou interferindo na economia mundial, e a gente também sofreu um pouco com isso. Mas o mercado e o os economistas veem como uma tendência de melhora econômica no Brasil. A gente está encerrando um ciclo de alta de juros. Eu acho que o estado do Rio como um todo tem estado bem nessa retomada. Mas, quem acaba sofrendo um pouco mais é o empreendedor na ponta ali, que está esperando a evolução completa para que ele também se beneficie disso." Antônio Chebabe, proprietário da XP
 
"Eu acho que é a retomada da esperança, porque sem a esperança, ninguém chega a lugar nenhum. Aliada a isso, é muita coragem, fé, determinação e otimismo. Nós vamos chegar lá de novo. Campos está bem dirigido, o Estado do Rio também. Está tudo caminhando para melhor. Eu acho que o ser humano ele tem a capacidade de se reinventar, e nós não somos diferentes. Como empresária, eu consigo enxergar isso. Vai dar tudo certo." Lia Mirian Aquino Cruz, representante do Grupo Thoquino
 
"Nós sofremos muito nos últimos dois anos. Todo mundo sofreu, todo o segmento, principalmente empreendimento, porque muitas pessoas vivem de eventos. Agora, com essa retomada, nós já entramos 2022 com muita esperança. Porque a gente viu que as pessoas estão ansiosas para comemorar. Eu só estou querendo comemorar em qualquer tamanho, qualquer tempo, e isso é bom para o negócio, é bom para a economia da região, uma vez que a cidade é festeira. Então, são vários segmentos envolvidos nesse entretenimento, e isso tá dando um up na economia da cidade." Leonardo Abreu, vice- presidente da Acic e proprietário da Chicre Cheme
 
"Na verdade, a gente está recuperando o potencial que a região já tinha. A região é muito forte, tanto na agricultura, como na estrutura portuária. Esse momento de confraternização é para fortalecer ainda mais a importância da região do Norte Fluminense. O Rio de Janeiro está conseguindo também se desenvolver, a gente consegue perceber pelos números da economia, pela geração de emprego, e pelo crescimento do consumo. Isso aparece tanto no agronegócio, que é o nosso principal item aqui da região, como nos outros de consumo também. Campos acaba capturando isso com uma forte confiança na sua operação." Alex Rossi, representante da Nova Canabrava
 
"Estamos muito felizes de comparecer esse evento, que já faz parte de tantos anos da nossa vida. É muito positiva a retomada para a região. Temos boas expectativas para o futuro. Campos está caminhando para uma retomada grande, de volta da economia financeira." Renata Godói, proprietária da Lomatel
 
 
 
 
“Esse evento é muito propício porque estamos falando de retomada de todos os eventos, da retomada da Educação. Não tem sido fácil essa retomada depois de dois anos, mas estamos acreditando que a gente pode fazer diferente. Muitas coisas aprendemos através da pandemia, agora vamos conseguir desenvolver de forma diferente e melhor. ” Fabiano Rangel, proprietário do Grupo Riachuelo de Educação
 
 
“O setor de bebida teve um impacto muito grande no início da pandemia, em contrapartida conforme os bares foram fechando às redes de supermercados começaram a trabalhar um pouco mais e houve uma certa compensação entre a perda de clientes de bar para a aquisição de clientes de supermercados. Agora, com a retomada estamos extremamente otimistas. Os grandes eventos estamos começando a fazer e as perspectivas são as melhores.“ Ary Oliveira, proprietário da Dry Cat Gin


“Para nós, a pandemia teve efeito grande nas vendas. Hoje, somos os principais fornecedores para os bares e restaurantes do Rio de Janeiro, com mais de 100 clientes na capital, que durante a pandemia ficaram fechados. Mas, agora, retomou com força total e hoje estamos vendendo mais do que vendíamos antes da pandemia. Estamos percebendo uma economia bastante aquecida.” Haroldo Carneiro, proprietário da Cachaça 7 Engenhos


“Para o setor sucroalcooleiro, a nossa preocupação no momento é com a falta de chuva. Estamos há quatro meses. Os produtores querem plantar cana. E a Coagro e a Asflucan darão suporte. Compramos máquinas para evitar inundações. Estamos fazendo um trabalho junto com a secretaria municipal de Agricultura e estamos trabalhando para cada vez mais ajudar a Baixada Campista neste pós-pandemia e fazer a economia do campo crescer.”  Tito Inojosa, Presidente da Associação Fluminense dos Plantadores de Cana (Asflucan)


“Temos que nos adaptar aos novos tempos, as novas tecnologias. Porém, no pós-pandemia é preciso retornar as relações pessoais que foram muito afetadas. Fazer com que os empresários e comerciantes conversem mais.” Fernando Loureiro, presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic)
 



 
“É muita coisa que está acontecendo ao mesmo tempo. O Brasil está bombando. As pessoas podem não acreditar. Eu não estou falando de política, mas o Brasil está bombando. Eu acho que a gente tem que ser mais otimista do que a gente é normalmente. A retomada é importante e a região aqui é um exemplo. A própria cidade está se enquadrando numa situação mais confortável orçamentária. Toda a região recebendo investimentos pesados, fortes. Acho que tem tudo para acontecer. Norte e Noroeste têm tudo para acontecer.” Fábio Braidatto, diretor executivo da Rede Inter TV de Comunicação


“Eu acho que essa retomada da economia está acontecendo muito bem e graças ao nosso presidente. E eu espero que ele continue. E a expectativa é que melhore ainda mais, com o presidente que nós temos.” Danilo Barroso, proprietário do rede de Postos Líder
 
 

“Acho que vamos ter um tempo ainda para chegarmos ao patamar anterior nosso. Isso aí não é uma retomada rápida. Foi um baque muito grande não só na nossa região, mas em todo o Brasil. Mas eu vejo que as coisas estão evoluindo e isso é muito bom porque em outras situações, em outros países, as coisas estão muito mais difíceis para a retomada. E em especial na nossa região, eu acho que a gente tem conseguido bons frutos.” Mirza Sampaio Kury, proprietária da Clínica Renova


“É um orgulho para a gente estar aqui mais um ano participando e sendo parte disso aqui. É um evento marcante que faz parte da nossa cultura. É o maior veículo de comunicação de todo Norte Fluminense e quiçá um dos maiores do Estado. Acho que a vida está voltando ao normal e nada melhor do que uma Feijoada da Folha para comemorar isso.” Vagner Xavier, representante da Limport


“Acho que o desenvolvimento de Campos depende da agropecuária, exclusivamente. Mas é preciso renovar e reinventar nossa agropecuária. Por hábitos de muitos anos, vivemos a indústria canavieira, açucareira e não temos hábitos de novas culturas. E isso precisa ser reinventado. E com muito trabalho, dependendo muito do governo estadual, e seriedade do trabalho. Acho que o nosso desenvolvimento está nessa linha. Inclusive, aproveitando o Porto (do Açu) para exportação dos produtos.” Guilherme Aguiar, proprietário da Usina do Queimado


“Tenho boas expectativas quanto a retomada da economia. Porém, nós estamos caminhando com bastante cuidado. Com a questão dos juros altos, as pessoas estão com bastante cuidado, investindo com bastante cautela. Quando dizem que juros altos para os bancos é bom, isso não é 100% verdade. As pessoas ficam mais reticentes em pegar crédito porque aumenta o custo e o investimento acaba diminuindo. Mas estamos acreditando em crescimento do mercado financeiro em 2023." Carlos Henrique Paes, representante da Unicred-Campos


“Nos últimos dois meses estamos percebendo um aquecimento nas vendas, desde o início das festas juninas, na comercialização de cerveja e chope. No nosso caso o pessoal está bem engajado como é uma cervejaria local, dando bastante apoio. Nas festas também estamos percebendo isso, assim como a Folha me convidou para participar desse grande evento e fazer parte da família.” Ricardo Garcia, proprietário da Cerveja Trópica.
 
"Acho que essa semana foi uma semana de turbulência. Turbulência na política, vários assuntos acontecendo, e essa turbulência vai acontecer até a eleição. Mas uma notícia boa está manutenção dos voos da Azul. Então, a gente fica muito feliz de ver que é um sinal que o desenvolvimento de Campos está forte, é importante. O estado, principalmente a capital, precisa de um novo olhar. Os aeroportos do Rio de Janeiro estão pedindo socorro. O Galeão está sendo abandonado, está com pouco uso, e o Santos Dumont superlotado. Então, a gente precisa realmente fazer uma integração em que o estado todo se una. A gente teve bons exemplos com Maricá explodindo com o turismo, Miguel Pereira também, e Campos tem um potencial turístico sensacional. Por isso, a gente precisa fazer um intercâmbio entre os municípios para fazer esse crescimento." Edvar Chagas Júnior, presidente da CDL
 
“Não só aqui na cidade como o país inteiro, o setor de serviços está com a retomada muito forte. É o setor que está retomando com mais força após o período crítico da pandemia da Covid-19. E não está sendo diferente aqui em Campos. A gente fica feliz com isso, com a volta da geração de empregos que move a economia, além dos recursos e novas ideias.” Eraldo Bacelar, presidente da Fundenor


“Nós estamos bastante otimistas. Acreditamos tanto na retomada do desenvolvimento econômico aqui no Estado do Rio de Janeiro que até o final do ano, o Sicoob Sul inaugura mais quatro agências, três na cidade do Rio e uma em Nova Iguaçu. A nossa rede já tem 19 agências e vamos terminar 2022 com 23 agências e projeto para abrir mais quatro ou cinco no ano que vem. Estamos confiantes de que as coisas vão acontecer numa velocidade maior.” Carlos Henrique Bispo, diretor de Negócios do Sicoob Sul
 
"Gostaria de parabenizar o Grupo Folha pela 29ª Feijoada e com tema bem apropriado 'Começar de novo'. O Porto do Açu não parou. Nesse período, pelo contrário, trabalhamos intensamente para dar suporte e apoio aos municípios de São João da Barra e Campos no controle e combate ao Covid, com uma série de ações na área de saúde e suporte ao homem do campo, além de um processo de inovação tecnológica no território. Hoje, o Porto do Açu figura em segundo lugar entre os portos nacionais em termos de movimentação de carga, perdendo apenas para o Porto de Santos (SP). Na questão dos postos de trabalho são mais de 7 mil." Wanderson Sousa - gerente de Relacionamento da Porto do Açu Operações

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