Governo vê Código Tributário como "divisor de águas" e mandará para Câmara votar na terça
10/06/2021 23:02 - Atualizado em 11/06/2021 21:32
Não houve acordo (aqui) nas negociações com o setor produtivo nesta quinta-feira (10) e o governo Wladimir Garotinho (PSD) continua, no momento, sem os votos necessários para aprovar as mudanças no Código Tributário de Campos. No entanto, a expectativa da base de apoio ao prefeito é de que até terça-feira (15) o número chegue a 13, garantindo a vitória governista. As articulações vão seguir durante o fim de semana porque o projeto já vai para o Legislativo para ser votado no primeiro dia de sessão da próxima semana. Para o núcleo duro do governo, que teve uma reunião tensa nesta quinta, a votação é vista como um “divisor de águas”.
Votam com o governo, na previsão da base, os 11 vereadores que foram favoráveis a todos os projetos do pacote enviado em 25 de maio: Álvaro Oliveira (PSD), Bruno Pezão (PL), Dandinho de Rio Preto (PSD), Jô de Ururaí (Podemos), Juninho Virgílio (Pros), Kassiano Tavares (PSD), Leon Gomes (PDT), Luciano Rio Lu (PDT), Marquinho do Transporte (PDT), Pastor Marcos Elias (PSC) e Silvinho Martins (MDB).
Marcione da Farmácia (DEM) está de licença. Para alcançar maioria na Casa, uma vez que o presidente Fábio Ribeiro (PSD) não vota, apenas em caso de empate, o governo precisa conquistar apenas mais um. Na sessão do dia 25, a mudança do Código Tributário só não foi para pauta porque Bruno Vianna (PSL), Fred Machado (Cidadania) e Raphael Thuin (PTB) foram contrários, ainda que tenham garantido a maioria ao governo nos demais projetos.
Os articuladores do governo ainda tentam conversar com os três, considerados de um “grupinho fechado”. Contudo, após a reunião desta quinta, sem que tenha se chegado a um acordo com o setor produtivo, as chances de segar a um acordo não são das maiores.
Ainda na sessão do dia 25 de maio, foram contra o governo nos projetos mais polêmicos, sob a classificação de “independentes”, nove vereadores — Abdu Neme (Avante), Anderson de Matos (Republicanos), Helinho Nahium (PTC), Igor Pereira (SD), Nildo Cardoso (PSL), Maicon Cruz (PSC), Marquinho Bacellar (SD), Rogério Matoso (DEM) e Thiago Rangel (Pros). Para os articuladores do governo, dois nomes ainda podem ser convencidos a aprovar o Código Tributário: Maicon e Thiago.
Por outro lado, os “independentes” tinham a pretensão de contar com o voto de Leon, de forma contrária ao Código Tributário. O pedetista nega, veementemente, que tenha tido qualquer tipo de conversa nesse sentido com outros vereadores.
Até terça, muita água vai rolar pela política da planície. Para tranquilidade de boa parte dos vereadores, pelo menos, a sessão será virtual.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Sobre o autor

    Arnaldo Neto

    [email protected]