Senadores avaliam que Queiroga tentou "blindar" Bolsonaro
08/06/2021 18:29 - Atualizado em 08/06/2021 20:45
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga / Divulgação - Agência Brasil
Após oito horas de depoimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, à CPI da Covid nesta terça-feira (8), senadores apontaram
O ministro da Saúde depôs pela segunda vez à CPI. Ele deu um primeiro depoimento à comissão em 6 de maio. Mas foi novamente convocado porque as declarações que deu foram consideradas pouco assertivas e contraditórias.
Senadores também avaliaram que fatos novos justificavam um novo depoimento, entre os quais a realização da Copa América no Brasil e o veto à nomeação de Luana Araújo como secretária de Enfrentamento à Covid-19.
Os congressistas ainda queriam insistir na avaliação de Queiroga sobre o uso da cloroquina no tratamento à Covid-19, cuja ineficácia já foi cientificamente comprovada.
No depoimento em maio, o ministro disse que não iria se manifestar a respeito pelo fato de o uso do medicamento estar sob análise da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde), vinculada ao Ministério da Saúde.
Nesta terça, porém, Queiroga admitiu que a cloroquina não teve a eficácia cientificamente comprovada no combate ao coronavírus.
“Essas medicações não têm eficácia comprovada — não têm eficácia comprovada”, reiterou.
“Como médico, eu entendo que essas discussões são laterais e nada contribuem para pôr fim ao caráter pandêmico dessa doença. O que vai pôr fim ao caráter pandêmico dessa doença é ampliar a campanha de vacinação”, afirmou, referindo-se aos remédios ivermectina e cloroquina, usados como vermífugo e antimalárico, mas defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro no combate à Covid-19.
 
 

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