Doutor Rafael e a saúde
24/10/2019 12:17 - Atualizado em 24/10/2019 12:23
Um dos setores que mais deu dor de cabeça ao prefeito Rafael Diniz foi a saúde. Sob ameaça de nova greve, dessa vez nos hospitais contratualizados, Diniz enfrenta novamente críticas por sua gestão e pela comunicação do governo, assim como em agosto, na “greve dos médicos”. Dessa vez o motivo do desgaste foi o atraso da complementação municipal paga a esses hospitais, que hoje somam o valor de R$ 15 milhões.
Como adiantou a coluna Ponto Final, as complementações só devem ser pagas quando entrar a próxima Participação Especial, esperada para 10 de novembro.
O remédio para diversas crises têm sido os royalties. O problema é que assim como alguns medicamentos faltam nas prateleiras dos hospitais, esses recursos serão placebos em pouco tempo. O “doutor Rafael” prescreve essa medicação para muitas doenças e, assim como muitos médicos, dá como causa à enfermidade uma virose.
A “virose” que acomete a cidade é grave e real. Mas não pode ser usada para justificar tudo. É necessário ver mais exames para que se chegar a diagnósticos mais precisos. Um bom “doutor” é aquele que escuta o paciente, verifica seu histórico clínico, prescreve o tratamento correto para cada situação.
A saúde continua doente. A greve de agosto expôs a situação dos hospitais públicos da cidade, em relação às condições de trabalho dos médicos e a estrutura como um todo. A greve que se aproxima deverá expor as veias de um outro problema, dessa vez em órgãos auxiliares importantes para o bom funcionamento do organismo da saúde pública em Campos.
Doutor Rafael e a saúde
Doutor Rafael e a saúde
Uma anamnese política bem feita da cidade-paciente deverá chegar à conclusão que as enfermidades já vinham sendo tratadas de maneira errada. Quando o remédio royalties era abundante não fizeram estoque, não organizaram de maneira evitasse desperdícios. Talvez agora não seja justo culpar o médico que está tratando doenças generalizadas, mas o “Doutor Rafael” precisará de médicos auxiliares, enfermeiros, anestesistas e qualquer profissional que possa ficar de plantão, com ponto biométrico ou não, caso queira amenizar a dor do paciente e continuar o tratamento.
 
 

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    Edmundo Siqueira

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