Casal Garotinho fala em perseguição contra grupo político e família
29/10/2019 18:13 - Atualizado em 29/10/2019 18:14
Folha da Manhã
Após o Tribunal de Justiça (TJ) do Estado do Rio de Janeiro derrubar, na tarde desta terça-feira (29), a liminar do desembargador Siro Darlan, que mantinha os ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho soltos, o casal enviou nota pelas redes sociais na qual dizem ser alvos de perseguição e que não há fatos novos que justifiquem a prisão.
Confira a íntegra:
Não me calarão
Desde que denunciei a quadrilha do ex-governador Sérgio Cabral, com braços no legislativo, no Ministério Público como já ficou provado e também em outros poderes do Estado, a perseguição contra meu grupo político e minha família tornou-se insuportável. É um verdadeiro massacre que fazem contra nós. Todos os tipos de ilegalidades, injustiças cometidas pelo Ministério Público de Campos, membros da Polícia Federal de Campos e dois juízes têm sido feitos contra nós. Nesta última acusação, seis desembargadores se deram por impedidos para julgar a acusação.
Meus adversários nunca respondem aos meus desafios. Onde está o dinheiro que supostamente teria sido desviado? Não temos mala como Geddel e Rocha Loures. Não temos contas no exterior e mansões como Sérgio Cabral. Não temos fazendas e vacas milionárias como Picciani. Não encontram nada, porque não roubamos! Eu estou sendo vítima de uma parte do aparato judicial do nosso Estado. Para se ter ideia, para justificar essa prisão preventiva ilegal sem nenhum fato concreto usaram as palavras mentirosas de uma testemunha que já mudou seu depoimento mais de seis vezes e já foi considerada sem fé pública por um ministro do STF.
Transcrevo o trecho que foi considerado ameaça: ‘disse que passou um carro por ela, abaixou o vidro e disse para não mexer com o líder senão ela morre’.
Qual a placa do carro? Ela não se lembra. Detalhes de como era o motorista? Ela também não se lembra. Isso não pode ser considerado como prova contra ninguém. Alerto aos meus companheiros e amigos que fiz graves acusações ao Ministério Público Federal em Brasília e estou sofrendo por causa daqueles que temem, como disse o juiz Marcelo Bretas, que a Lava Jato chegue ao Judiciário. Continuo confiando que a maioria da justiça é composta por pessoas do bem que não se intimidará diante do que ocorre hoje em nosso Estado. Tudo que tenho afirmado ao longo desses anos enviei ao CNJ [Conselho Nacional de Justiça] e ao Conselho Nacional do Ministério Público e espero que providências sejam tomadas”.

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    Arnaldo Neto

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