Ponto Final - Assembleia mantém greve por tempo indeterminado
23/08/2019 11:05 - Atualizado em 09/09/2019 14:37
Greve mantida
A assembleia do Sindicato dos Médicos de Campos (Simec) decidiu, de forma unânime, manter a greve que começou dia 7. Nenhuma surpresa. Como a coluna antecipou ontem, os médicos dizem que são irredutíveis em quatro pontos enviados na contraproposta à Prefeitura, na semana passada. São eles: melhores condições de trabalho, com reposição de insumos e medicamentos; previsão de pagamento dos outros 50% de gratificações e substituições; direito a férias; e mudanças no atendimento ambulatorial, com foco na produtividade. O pacto pela saúde proposto pelo prefeito Rafael Diniz (Cidadania) não entrou em discussão.
Risco de partidarização
Os grevistas entendem que a carta aberta do prefeito, com 14 pontos, não foi uma proposta à categoria. Na guerra de forças e nervos, que também é política, esperam uma resposta ao documento enviado por eles, a contraproposta, sem retorno da Prefeitura desde o dia 15. E por falar no jogo político, três vereadores de oposição fizeram a sua parte, ao aparecer na assembleia do sindicato: Josiane Morumbi (PRP), Cabo Alonsimar (PTC) e Eduardo Crespo (PR). Faz parte do jogo a oposição aproveitar o desgaste. Já o fato de um vereador, Crespo, ter direito à palavra na reunião pode repercutir como uma possível partidarização do movimento.
Parecer contrário
O Ministério Público Especial, órgão auxiliar do Tribunal de Contas do Estado (TCE), deu parecer contrário às contas do prefeito Rafael Diniz de 2018. Isso não significa um julgamento prévio, pelo contrário, é o relatório da promotoria que estará contido na análise final do plenário do TCE. O conselheiro Rodrigo Nascimento notificou Rafael, que possui 10 dias para explicar as inconsistências encontradas pelo MP. Em 2017, Campos também recebeu parecer prévio negativo do Ministério Público, mas a procuradoria do município conseguiu a aprovação, com ressalvas, dos membros da Corte. É a aposta dentro da Prefeitura novamente.
Boa ação
A Fundação Municipal da Infância e da Juventude (FMIJ) de Campos recebeu nesta semana a doação de aproximadamente 70 peças de roupa infantil. As roupas doadas, que serão destinadas às crianças que estão em Unidades de Acolhimento Institucional, são fruto da iniciativa de Juliana Sá e Carolina Campista, idealizadoras da página @ficoupetit, no Instagram. Elas utilizam a rede social para incentivar mães a desapegarem das roupas que não cabem mais nos pequenos e, com isso, abrem portas para a solidariedade.
Folclore em SJB
Continua até domingo (25), com uma vasta programação cultural, a Semana do Folclore e Cultura Popular de São João da Barra. Comemorando o Dia do Folclore, hoje haverá caminhada cultural com visitas guiadas a prédios históricos culturais, com saída da praça São João Batista às 17h. A partir de 17h, o calçadão Dirceu da Graça Raposo, no Centro, receberá o teatro de rua “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna, com o Grupo de Teatro Segunda Turma.
Novo modelo?
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), defendeu, nesta semana, a aprovação de mudanças no sistema eleitoral para as eleições municipais de 2020. Maia disse que seria um “marco para a política” se houvesse um consenso em torno da aprovação de alterações no sistema eleitoral. Maia citou diferentes propostas de mudanças no sistema eleitoral, mas defendeu uma, do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, que presidirá o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições municipais do ano que vem.
Distrital misto
Pelo projeto, segundo Maia, seriam realizadas já no ano que vem eleições no modelo distrital misto em cidades com mais de 200 mil habitantes. Esse modelo contempla dois sistemas: o majoritário – hoje aplicado nas eleições para presidente, governador, senador e prefeito, que valeria para as escolhas nos distritos – e o proporcional, que privilegia os partidos como acontece hoje nas eleições para deputados e vereadores. Nas cidades abaixo de 200 mil habitantes, as eleições seriam em sistema de lista fechada. Pelo modelo, vota-se na lista elaborada pelos partidos, e não diretamente no candidato, como é feito atualmente.
Charge do dia:
José Renato

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