Permissionários aguardam certificado de vistoria para retornar às atividades
Verônica Nascimento 12/08/2019 11:44 - Atualizado em 15/08/2019 14:03
Verônica Nascimento
Permissionários do transporte alimentador permanecem acampados, desde a última quinta-feira (8), em frente à sede do Instituto Municipal de Trânsito e Transportes (IMTT), no Jardim do Liceu. Eles aguardam o certificado de liberação das vans, aprovadas na vistoria para rodar nos distritos, e continuam no local porque ainda não tiveram resposta da Prefeitura sobre o pedido protocolado no IMTT para que a rodoviária Roberto Silveira seja utilizada como ponto de desembarque de passageiros, até que os terminais do tronco alimentador sejam implantados pela Prefeitura de Campos. O grupo realizou um “buzinaço” de três minutos na manhã desta segunda-feira (12). O objetivo foi chamar a atenção da população para o movimento.
De acordo com os motoristas, mesmo com os carros prontos e vistoriados e com a declaração do presidente do IMTT, Felipe Quintanilha, sobre o início da circulação das vans após a regularização dos veículos, eles dependem de um de um documento que os autorizem a voltar a atuar. Os permissionários destacaram também que, além do certificado, dependem dos terminais do tronco alimentador ou da liberação da rodoviária velha como terminal de desembarque.
O permissionário Sidney Souza Pereira, que atuará na linha de Travessão, explicou que a maior parte dos veículos está regularizada e o grupo aguarda a liberação oficial para retornar às ruas de Campos.
— Assim que os veículos estivessem prontos, iam ser liberados, de acordo com a apresentação dos carros. A maioria dos veículos passou por reforma, como pintura, a parte de capotaria, a parte de estofamento, pneu. Se você olhar os pneus dos nossos carros, são todos novos. Foi feito um grande investimento para que nós possamos atender à população de Campos. Eles já estão prontos e foram adesivados e vistoriados pelo IMTT. Esses carros estão prontos para o trabalho. A única coisa que falta é o nosso presidente (Quintanilha) dar para a gente o certificado, que é uma licença para a gente poder trabalhar. É só isso que falta — relatou.
Bruno Santana, permissionário da linha Goitacazes, reafirmou que a principal reclamação do grupo é não poder voltar a rodar, mesmo com pelo menos 80% da frota já regularizada:
— Foi prometido pelo presidente do IMTT que, a partir do primeiro veículo pronto, já poderia rodar. Muitos permissionários entraram em dívida em veículo novo e, agora, houve uma promessa dele que, supostamente, a gente iria começar a rodar a partir desta semana, só que não tem terminal pronto. Tem também a questão do bilhete da integração. Eles prometeram que, talvez, a partir da segunda quinzena, vai começar a distribuir esses bilhetes para a venda. Só que a gente tem que entender o seguinte: distribuir para venda é diferente das pessoas começarem a comprar. No momento, a gente não tem como trabalhar. E se ele, porventura, colocar a gente para trabalhar hoje, o passageiro vai pagar duas passagens ou vai ter que andar em um ônibus pagando uma passagem. Não há dúvida nenhuma que o passageiro vai andar em um ônibus, pagando uma passagem, mesmo o ônibus estando sem qualidade, mesmo estando com o pneu careca.
Em nota, a Câmara de Campos informou que "o presidente da Câmara, Fred Machado, informou que se reuniu hoje (12/08) com o presidente do IMTT, cobrando o início da operação do transporte alimentador. O mesmo garantiu que isso ocorrerá nos próximos dias, uma vez que estão sendo providenciados terminais provisórios para abrigo dos passageiros, que é uma reivindicação dos permissionários. Fred Machado esclarece também que não há nenhum receio em relação ao TCE, uma vez que o Executivo demonstra tranquilidade quanto ao processo de licitação. Porém, há preocupação em relação aos permissionários que já assinaram contrato e fizeram investimentos, sendo que alguns até compraram carros novos, e, dependendo da decisão do TCE, pode haver atraso ou impedimento do início da operação até total esclarecimento. O presidente da Câmara ressalta que a implementação do sistema de transporte público é atribuição do Poder Executivo, porém, continua cumprindo seu papel de interlocução, atendendo as categorias e mantendo aberto o diálogo".

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