Mário Otávio Souza e Felipe Knust falam sobre economia no Folha no Ar
O pior da crise passou e esse novo fôlego já reflete tanto na construção civil, como no comércio em Campos. Esse foi o tom das entrevistas desta segunda-feira (19) do Folha no Ar 1ª edição, na Folha FM 98,3, com o presidente da Rede Uno Imobiliária, Mário Otávio de Souza, e com o gerente executivo da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Felipe Knust. Otávio destacou que os negócios fechados neste ano, até julho, superaram o ano passado, enquanto Knust usou como exemplo as vendas do Dia dos Pais, com alta de 10% em comparação a 2018.
Nessa perspectiva de retomada econômica, um grupo de empresários traz ao Trianon nesta quarta-feira (21), às 20h, o economista Ricardo Amorim, para uma conferência, que, segundo Otávio, promete ser de casa cheia. Já o comércio está com a promoção “Centro a Mil”, até 6 de setembro, para aquecer as vendas, com sorteios de vales-compra de segunda a sábado. Nesta terça-feira (20), o Folha no Ar recebe, a partir das 7h, tenente-coronel Luiz Henrique Monteiro Barbosa, comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM).
De acordo com Mário Otávio de Souza, a palestra com o economista Ricardo Amorim já teve seus rumos definidos no cenário local, ao menos em 40%, e isso incluirá uma análise dos impactos gerados pelo Porto do Açu e a abertura de importação/exportação. Como presidente da Rede Uno Imobiliária, ele falou sobre o aquecimento no mercado, para o qual o contexto político nacional tem sido muito influente. O presidente destacou a Reforma da Previdência e a diminuição das taxas de juros como “uma indicação de que a economia está indo para o caminho certo.”
Mário também falou sobre o desenvolvimento do Porto do Açu, afirmando que este enfrenta uma fase mais responsável, e destacou uma atuação muito forte do mercado de locação. Ele destacou que tem sido registrado o crescimento de vendas, inclusive pagas em dinheiro, ao contrário do “escambo” que vinha ocorrendo até o ano passado. O aumento do número de “prédios altos”, em bairros fora da área central (citando o exemplo do Flamboyant), também é um bom indicativo, conforme declarou Mário Otávio de Souza, embora ainda seja um fenômeno em áreas especificas.
— A economia está se recuperando, o pior da crise já passou — disse, ressaltando que “o empresário local fica reclamando que está tudo ruim, mas várias empresas estão chegando, e ele fica preso reclamando. Acaba não aproveitando as oportunidades”.
A afirmação sobre chegada de empresas de fora foi confirmada por Felipe Knust, gerente executivo da CDL:
— Nós vemos uma volta de confiança no nosso mercado, empresas de São Paulo, Belo Horizonte. Este ano, quatro ou cinco empresas me ligaram para fazer pesquisa sobre o mercado campista.
O gerente executivo ressaltou que vê um aumento na confiança de empresas de fora em relação ao mercado campista, apesar do momento de crise que, ainda segundo Felipe Knust, gerou um interesse, por parte dos próprios funcionários do comércio, de buscar capacitação com cursos de vendas. “Vários têm se sobressaído e adquirido um know-how e, numa eventual próxima crise, não passará por tanta dificuldade”, destacou.
Além da análise sobre o mercado, o gerente executivo da CDL divulgação da promoção “Centro a Mil”, que está valendo para 254 lojas do quadrilátero central. A promoção consiste em sorteios, realizados diariamente de segunda a sábado, às 11h, no Boulevard Francisco de Paula Carneiro. Todos os clientes que realizarem R$ 40 em compras, em qualquer uma das lojas, concorre ao prêmio de R$ 1 mil em vale-compras.
A promoção é uma campanha feita em conjunto envolvendo a Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic); Sindicato do Comércio Varejista de Campos (Sindvarejo); Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos (CDL); e Associação de Comerciantes e Amigos da Rua João Pessoa (Carjopa). Segundo Felipe, a iniciativa tem sido um sucesso e ele considera uma promoção “muito simpática ao momento da economia de Campos e do Brasil.”
Para Knust, tudo está no caminho certo. Ele ainda abordou a questão da implantação do sistema de transporte alimentador, que exerce influência direta no acesso ao Centro. “Nós desejamos muito sucesso e entendemos o período de transição complicado. Mas nós precisamos de mais ônibus para que as pessoas acessem o centro”, afirmou.
Confira: