Filme de Fritz Lang debatido no Cineclube Goitacá
15/08/2019 17:27 - Atualizado em 26/08/2019 13:46
Rodrigo Silveira/Arquivo
Um acalorado debate marcou a apresentação do filme “Metrópolis” (Metropolis, 1927) no Cineclube Goitacá, feita pelo historiador Aristides Arthur Soffiati na última quarta-feira (14). Foram analisados principalmente os pontos políticos do filme dirigido pelo austríaco Fritz Lang, além da parte estética da obra e de características do roteiro assinado pela alemã Thea von Harbou em parceria com o diretor.
— Podem achar de extrema direita, podem achar que o filme é careta, que é reacionário. Mas, não se pode negar que o filme é um clássico e que influenciou muitos outros filmes. Não apenas recolhe a tradição expressionista. A gente vê lá elementos de filmes anteriores. Mas, quando a gente vê filmes posteriores, como “Frankenstein”, “De volta para o futuro”, “Quinto Elemento”, os filmes de ficção científica da atualidade, na verdade todos eles têm uma dívida muito grande com “Metrópolis”, porque “Metrópolis criou uma concepção — disse Soffiati. — A gente sabe que filmes, quadros e desenhos são tridimensionais, não são como esculturas. Essas artes conseguem criar ilusões de uma terceira dimensão. Acho que ninguém conseguiu essa sensação de terceira dimensão como Fritz Lang fez muito bem em “Metrópolis”, já era um prenúncio do cinema 3D com óculos — acrescentou.
Embora ainda não tenha data definida para sua próxima apresentação, Soffiati pretende levar em breve aos cineclubistas o primeiro filme russo de ficção científica, “Aelita, a Rainha de Marte” (1924), dirigido por Yakov Protazanov. As sessões do Cineclube acontecem todas as quartas-feiras, a partir de 19h, na sala 507 do edifício Medical Center, no Centro de Campos. A entrada é gratuita. (M.B.) (A.N.)

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