O conflito na saúde
15/08/2019 15:07 - Atualizado em 15/08/2019 17:17
O conflito entre funcionários públicos municipais da área de saúde, notadamente os médicos, e a Prefeitura de Campos, após uma guerra declarada em que ambos os lados perderam e se desgastaram, vem saindo das redes sociais e do mundo virtual, onde a beligerância impera e a razão passa longe, para as mesas de negociação, que é onde de fato se resolvem as coisas do mundo real e adulto.
Os dois lados têm os seus argumentos e as suas razões para o conflito. Para quem não está envolvido diretamente no problema, o senso comum aponta para três questões que são básicas e que devem ser cumpridas pelos seus respectivos lados: obrigatoriedade de cumprimento da carga horária, salário pago em dia (com suas respectivas complementações), e condições sanitárias, higiênicas, técnicas e instalações adequadas.
Que o diálogo entre patrão e empregados evolua para garantir essas condições e uma saúde pública digna para a população, que é o mais importante. Mão-de-obra de qualidade não é o problema, já que grande parte dos melhores profissionais de saúde da cidade trabalha na Prefeitura. Felizmente.
Uma possibilidade que poderia ser colocada na mesa é um Programa de Demissão Voluntária, comum em casos onde o empregador quer ou precisa reduzir a folha salarial e o empregado não vê perspectivas de melhorias de remuneração e de crescimento. Óbvio que para isso as condições teriam que ser atraentes e a Prefeitura teria que ter caixa para honrar. Não seria surpresa se a adesão fosse alta.

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    Christiano Abreu Barbosa

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