Presidente da FME, Raphael Thuin fala sobre esportes em Campos e confirma retorno do Bolsa Atleta
Maria Laura Gomes 23/07/2019 07:52 - Atualizado em 31/07/2019 17:21
Raphael Thuin no Folha no Ar
Raphael Thuin no Folha no Ar / Isaías Fernandes
Presidente da Fundação Municipal de Esportes (FME), Raphael Thuin foi o entrevistado da primeira edição desta terça-feira (23) do programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98,3. Entre outros temas, Thuin, que é considerado um dos destaques do governo Rafael Diniz, falou sobre as dificuldades financeiras enfrentadas pela Prefeitura, as condições complicadas encontradas na Fundação quando ele assumiu o cargo e, também, a importância de investir em esporte e educação. O presidente anunciou que a previsão é de que o projeto Bolsa Atleta seja retomado em 2020.
Durante a entrevista, Raphael explicou que o governo está passando por uma reestruturação financeira e administrativa e destacou que a crise não acontece somente em Campos, mas em todos o país.
— A gente acaba rodando muito o estado do Rio de Janeiro e, realmente, quem se elegeu para essa última eleição está sofrendo muito. Isso é unânime. A gente olha para o nosso próprio umbigo, então, a gente, às vezes, critica sem saber a verdadeira realidade. De 2015 para cá, todo mundo sabe que foi a pior crise da história do país. Realmente, os prefeitos estão sofrendo. São raras as exceções no estado do Rio. Você conta nos dedos quem está conseguindo sobreviver. Mudar um sistema e tentar acertar coisas erradas do passado não é tão fácil — apontou o presidente.
Thuin também especificou algumas dificuldades encontras na FME. Uma delas era relacionada aos serviços prestados na unidade, que contava com 400 funcionários para atender de 1.200 a 1.500 pessoas. Ele ainda ressaltou que o objetivo é formar base de novos atletas e retomar o projeto de bolsas destinadas aos competidores.
— A gente focou em fazer a base. Batemos 20 mil atendimentos há duas semanas, e isso é um número real, com lista de presença confirmada. A gente pede para confirmar e, quando a pessoa não está indo, tem uma lista de espera e a gente troca. Então, temos um aumento de 1.900%. Nós focamos realmente em ressurgir das cinzas do esporte em Campos. E, como atleta, não poder fazer o Bolsa Atleta foi muito difícil. Mas a gente tenta ajudar com logística, às vezes com transporte, com campeonatos internos em parcerias com federações, como a gente já fechou parceria com a federação de natação e de atletismo — contou Raphael, destacando que, nos dois primeiros anos de governo, não foi possível manter o projeto por causa da crise financeira, mas que a previsão é de retomá-lo no ano que vem, com o Bolsa Atleta mais enxuto.
Investimentos — O presidente afirmou que o investimento em esporte e educação é uma coisa a médio e a longo prazo, sem retorno imediato. Segundo Thuin, em comparação com o início da gestão de Rafael Diniz, há cerca de dois anos e meio, se o governo parasse hoje, pelo menos 18 mil crianças estariam fora das ruas graças ao esporte.
— As crianças provavelmente vão ter menos problemas de saúde, menos chances de se envolver com drogas. Nós estamos falando em 20% (de crianças do município), se a gente chegar perto dos 40, 50, 80%, o impacto positivo para uma futura geração é gigantesco. E vão surgir mais atletas. A probabilidade de surgir mais é muito maior. O ganho social e o ganho público são gigantescos. Em todo esporte, nós massificamos, peneiramos os melhores e jogamos para algum local, para começar a formar times. A gente tem coisas boas surgindo aí e já dando frutos — garantiu o presidente da FME.
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