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Começou, nesta terça-feira (17), a Feira do Peixe da Semana Santa, funcionando na Rua das Palmeiras, em frente ao Parque Alzira Vargas, de 7h às 14h, até o feriado da Paixão Cristo, na sexta-feira (19). Para os que mantêm a tradição de não comer carne no feriado católico e buscam uma alternativa para o bacalhau, a feira oferece diversas opções, desde peixes mais nobres, como salmão, a R$ 70 a peça, aos mais populares, como piaba e traíra, com média de R$ 10 e R$ 13, o quilo. Os preços compensam, e algumas bancas estão aceitando cartão de crédito. No local, também tem praça de alimentação e exposição de peixes ornamentais.

Mal os comerciantes concluíam a montagem das bancas, os consumidores chegavam. O casal Frank Klein e Eliane Anastácio, do Parque Imperial, estava entre os primeiros. “Gostamos de seguir a tradição e comer peixe na Semana Santa. Tem dois anos que moramos em Campos e, aqui, é mais fácil ver essa variedade de peixes”, disse Frank. “A feira é muito boa e os preços valem a pena. Compramos traíra, peruá e lambari (piaba), acrescentou Eliane.

O casal comprou cerca de 20 quilos de peixes com Gleice Martins, da peixaria Globomar, que é auxiliada por Eline Carvalho no atendimento ao público. “Para gente, a feira é muito interessante, porque ficamos em espaço específico, fixo, para vender nosso produto e onde um grande número de pessoas comparece para comprar. Mesmo havendo várias bancas de peixes, muita concorrência, os comerciantes não levam prejuízo. Tem ano que os peixes acabam na sexta-feira antes de a feira fechar”, contou Gleice.

Na banca de Gleice, o quilo da tilápia está a R$ 12; piaba, R$ 10; peruá, R$ 8; pargo, R$ 10; traíra, conforme o tamanho, R$ 13 ou R$ 15. A bandeja média, com meio quilo de filé de tilápia, custa R$ 10 e a bandeja grande, R$ 25. A variedade aumenta amanhã (quinta, 18), segundo a comerciante.

Na banca em frente, Gleici Souza Gomes, que trabalha em feiras de bairros, vende o quilo do salmão a R$ 70; dourado a R$ 30; tainha a R$ 20 e camarão cinza (de água doce) a R$ 50. “A Feira do Peixe da Semana Santa ajuda muito. Conseguimos, com o movimento, cobrir despesas. Dá lucro para todo mundo. Quinta, o movimento é grande e, na sexta, isso aqui bomba. Participo da feira há quatro anos e só tenho o quê agradecer”, declarou.

De acordo com o subsecretário de Agricultura, José Roberto Pessanha, que acompanhava o movimento na feira, na manhã desta quarta, ano passado foram comercializadas 10 toneladas de pescados e a expectativa é de superar a quantidade na edição deste ano. Ele informou que uma banca vai oferecer degustação de peixe e que outras também vendem crustáceos, como caranguejos, e temperos. Todos os produtos são exclusivos de comerciantes campistas.