Economistas esperam mudanças após eleição
Jane Ribeiro 29/10/2018 20:50 - Atualizado em 06/11/2018 17:12
A vitória do Jair Bolsonaro para presidente e do Wilson Witzel para o governo do Estado do Rio de Janeiro não foi surpresa para as pessoas ligadas a área econômica do município. Todos são unânimes em afirmar que muitas novidades estão por vir, mas ainda não se sabe se são positivas ou negativas. O economista Paulo Guedes deverá assumir o ministério da Fazenda e isso emitiu sinais ao mercado do programa econômico. Já o Witzel ainda não divulgou nomes, mas garante que sua equipe de trabalho será composta por pessoas com experiência técnica.
O economista José Alves Neto diz que por enquanto o novo governo é uma carta fechada, com muitas surpresas. “A gente espera que o novo governador olhe com atenção para a nossa cidade, porque ele foi uma surpresa nas urnas, uma carta fechada e não sabemos qual o programa para a retomada da economia. O que ele vem falando é de rever a questão da recuperação fiscal do estado, negociar com o novo presidente, isso poderá gerar uma folga no caixa do estado”, disse.
O também economista Alcimar Ribeiro das Chagas está bem otimista. Ele espera mudanças, mas com resultado. “Não conhecemos o novo governador, mas ele não terá alternativa em apresentar políticas voltadas para o desenvolvimento. Talvez não seja a curto prazo, mas o fato dele quer indicar pessoas técnicas será um bom indicativo, tanto para o governo estadual quanto para o federal”, declarou.
O presidente da CDL, Joilson Barcelos espera por cumprimento de promessas e aguarda as mudanças. “A esperança é que se tenham realmente uma mudança, mas ainda não temos nenhuma certeza de nada. O país vive uma grande crise e o estado ainda mais. Queremos que os comandantes façam o que tem que ser feito”, disse ele.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), Leonardo Castro de Abreu, informou que o Brasil está precisando passar por uma mudança desde a esfera federal, passando pelo estado. Ele teme que a falta de experiência na administração pública possa atrapalhar o desenvolvimento econômico da região.
— Esperamos que as escolhas das suas respectivas equipes sejam formadas pela capacidade profissional, sem muita interferência política, como sempre ocorreu no país. Quanto ao novo governador Wilson Witzel, acreditamos que nesse período de transição ele consiga formar sua equipe e estudar bastante as características econômicas, não só da capital, mas dos 92 municípios fluminenses, onde cada um tem uma economia, cultura e hábitos diferentes. Esperamos que o diálogo seja uma das ferramentas — declarou.
O empresário campista Marcelo Leite, que há 41 anos atua no segmento de presentes, está apostando todas as suas fichas no futuro ministro da Fazenda, o economista Paulo Guedes. “Espero que o Brasil e o Estado do Rio voltem a crescer, já que nas últimas quatro décadas de comércio nunca vivemos um período tão estagnado como dos últimos quatro anos”, explicou o empresário Marcelo.
O presidente do Conselho da Representação Regional da Firjan no Norte Fluminense, Fernando Aguiar informa que a votação para presidente da República em 2018 e para o governo do Estado marcou um dos processos eleitorais mais conturbados da história do Brasil. Segundo ele, o momento é de olhar para a retomada do desenvolvimento econômico e social em território fluminense.
— A recessão que assolou o Brasil nos últimos anos foi pior no Estado do Rio que no resto do Brasil. Foram encerrados centenas de milhares de postos de trabalho e milhares de empresas fecharam as portas. Precisamos agora assegurar o equilíbrio fiscal das contas do Estado e atrair investimentos, gerando empregos e renda, beneficiando os milhões de cidadãos fluminenses — informou.

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