Comédia dramática é aplaudida no Cineclube
Jhonattan Reis 04/10/2018 18:38 - Atualizado em 08/10/2018 16:08
Foto - Isaías Fernandes
Com uma salva de palmas. Foi assim que os cineclubistas receberam os créditos da comédia dramática “Truman” (2015), apresentada pelo psicanalista e ator Luiz Fernando Sardinha, nessa quarta-feira (3). A sessão do Cineclube Goitacá aconteceu na sala 507 do edifício Medical Center, no Centro de Campos, com entrada gratuita.
A obra, do diretor Cesc Gay, aborda “um tema que é certeza para todo mundo, mas que há certa resistência em se falar, que é a morte”, ressaltou Sardinha antes da sessão. O apresentador da noite, também em momento anterior à exibição de “Truman”, recitou o poema “O Homem e a Morte”, do escritor Manuel Bandeira.
— O assunto é muito delicado. Inclusive, é ainda pior quando se trata de uma morte anunciada, como é o caso do personagem principal do filme. É uma obra muito emocionante — disse Sardinha.
O longa-metragem conta a história de dois amigos de infância, Julian (Ricardo Darín) e Thomas (Javier Cámara), que se encontram depois de muitos anos. Thomas está fazendo uma visita surpresa a Julian, um ator argentino radicado em Madrid, que lutava contra um câncer e recebe a notícia de que a doença se espalhou por todo o corpo. Sem perspectiva de cura, ele decide interromper o tratamento e aguardar pela morte.
Após a chegada de Thomas, que mora no Canadá, eles lembram os velhos tempos e grande amizade que se manteve com os anos. Em meio a isso, Thomas tenta convencer o amigo a continuar lutando contra a doença. Porém, sem muita abertura, ele acaba convencido a aproveitar o curto tempo que eles têm juntos para matar a saudade e também se despedir.
Após a sessão, o advogado e publicitário Gustavo Oviedo falou que achou interessante a escolha do filme.
— O protagonista, que é argentino, está muito bem no filme, inclusive. É uma bela atuação — destacou.
Já o cineasta e crítico de cinema comentou que o filme foge de clichês.
— O fim, por exemplo, foi ideal. Outro ponto interessante é que a obra trata da morte de uma forma direta, mas não tão pesada.

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