Denúncias contra líderes na corrida
29/09/2018 08:51 - Atualizado em 01/10/2018 19:13
A revista Veja divulgou um processo em que a ex-esposa do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), Ana Cristina Valle, acusava o deputado federal de ter renda superior ao que recebia como parlamentar e militar e de furtar um cofre com R$ 600 mil em joias que ela mantinha no Banco do Brasil. A ação tem como origem a 1ª Vara de Família do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), em 2008. Enquanto isso, outra denúncia envolvendo o segundo colocado nas pesquisas eleitorais, Fernando Haddad (PT), veio à tona também. O tesoureiro do petista é réu, desde junho, em uma ação por caixa dois.
A revista Veja diz que Ana Cristina anexou ao processo uma lista de 17 bens que somavam R$ 4 milhões (R$ 7,8 milhões). Em 2006, segundo a publicação, o deputado declarou no Imposto de Renda ter R$ 433.934.
A revista reproduz ainda um boletim de ocorrência policial de 26 de outubro de 2007 em que Ana Cristina denuncia o furto de R$ 600 mil em joias num cofre. A reportagem afirma que esses valores são incompatíveis com os rendimentos do casal. Segundo a revista, Ana Cristina acusou Bolsonaro do furto, mas ela nunca prestou depoimento e a investigação foi arquivada.
Ana Cristina negou as acusações que fez no processo. Disse que, “quando está magoada, fala coisas que não deveria”. Bolsonaro disse que “mais uma vez parte da mídia de sempre lança seus últimos ataques na vã tentativa de me desconstruir”.
Nessa sexta, em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, Bolsonaro voltou a causar polêmica ao dizer que “não aceito resultado das eleições diferente da minha eleição”. A declaração causou reação do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia, que falou que forças políticas precisam assumir compromisso de aceitar o resultado da eleição.
Atentado - A Polícia Federal concluiu, nessa sexta-feira, que Adélio Bispo, autor do ataque a facada em Bolsonaro há três semanas, agiu sozinho e por motivação política.
Haddad - O tesoureiro da campanha do petista, Francisco Macena, é réu no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, suspeito de receber caixa dois na eleição para prefeito em 2012. Ele foi denunciado em maio passado pelo recebimento de R$ 2,6 milhões de caixa dois da empreiteira UTC para pagar dívidas da campanha de 2012 de Haddad.
A acusação foi do Ministério Público Eleitoral. Na mesma ação foram denunciados Haddad, o ex-tesoureiro nacional do PT João Vaccari Neto e o dono de gráficas. Todos negam as acusações. (A.N.)

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