Intervenção em hotel segue a passos lentos
Victor de Azevedo 08/08/2018 20:14 - Atualizado em 10/08/2018 13:54
A intervenção no quarto andar do antigo Hotel Flávio, no Centro Histórico, segue em andamento, mas sem um prazo de entrega. Enquanto isso, o trecho da rua Carlos de Lacerda, continua interditado. Devido às chuvas dos últimos dias, os trabalhos estão em ritmo mais lento. Segundo o coordenador municipal da Defesa Civil, Major Edison Pessanha, o órgão aguarda uma notificação da empresa informando a finalização dos trabalhos para que seja feita uma nova inspeção.
— Já nos colocamos à disposição da empresa responsável pela demolição a qualquer hora. Já estivemos lá duas vezes e, até o momento, estamos aguardando uma notificação dos responsáveis, quando a obra for finalizada, mas ainda não temos este prazo, até porque, a obra nos últimos dias está em ritmo mais lento, devido ao tempo chuvoso — disse.
Os trabalhos no prédio começaram no início de julho. Desde então, foram fechados estabelecimentos próximos e um trecho da rua Carlos Lacerda, entre os cruzamentos com as ruas Sete de Setembro e 21 de abril. O cartório do 6º Ofício, que fica ao lado do prédio, chegou a ser atingido por escombros e os serviços precisaram ser suspensos. Ainda de acordo com o Major Edison Pessanha, o trânsito seguirá interditado na área.
“Os tapumes permanecerão no local até que todo o trabalho de remoção do quarto andar do imóvel seja efetuado, assim como a retirada cuidadosa dos escombros e guarda do material remanescente. A empresa tem autorização para tirar os tapumes apenas quando algum veículo for lá para retirar escombros, mas depois devem colocar de novo”, finalizou.
A demolição do quarto andar foi solicitada pela família em reunião com o Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos (Coppam). Os proprietários solicitaram a ação em razão do prédio apresentar grande possibilidade de novo desmoronamento com riscos aos imóveis vizinhos. A solicitação foi aprovada com ressalvas.
Prédio histórico - Construído no século XIX e com mais de 170 anos, o prédio foi abandonado há vários anos. Ele pertence a membros da família Carneiro Mendonça, ligada ao histórico comendador José Carneiro da Silva, o Visconde de Araruama, mas nenhuma medida foi adotada. Em 2011, os proprietários foram notificados, no Rio de Janeiro, pelo Ministério Público, sobre a precariedade da estrutura e consequente risco de acidentes. Porém, o prédio ficou abandonado até o desmoronamento parcial no final de junho.

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