Execução de Marielle e o debate nas redes sociais
A morte da vereadora carioca Marielle Franco, do Psol, e do motorista Anderson Gomes, na noite da última quarta-feira (14), evidenciou que a divisão “nós”x“eles” ainda impera nas redes sociais. As chamadas fake news surgem a todo o momento, numa tentativa vã de justificar a morte da parlamentar e do seu motorista, em um crime que a principal linha de investigação é a de execução. O pior é ver pessoas esclarecidas compartilhando tais informações sem, ao menos, checar a procedência. Por ora, cabe destacar, apenas, que as investigações continuam.
Contexto
Levantamento feito pelo portal G1 mostra (aqui) que 40 políticos foram assassinados entre 2017 e 2018. Uma onda de contestações surgiu sobre o porquê de a repercussão ter sido maior no caso da Marielle. Não que uma morte seja superior à outra, mas existe o contexto. O estado do Rio passa por uma intervenção federal na Segurança que, a princípio, não apresenta resultados práticos. Ela atuava em uma comissão na Câmara do Rio que fiscalizava a medida federal. Se sua atuação como ativista e parlamentar tem ligação com o crime, só as investigações da Polícia vão confirmar. Contudo, o contexto justifica a repercussão não só no país, mas pelo mundo.
Publicado no domingo (18), na coluna Ponto Final, da Folha da Manhã
 
 
 

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    Arnaldo Neto

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