Chequinho movimenta Justiça
Aldir Sales 22/01/2018 22:32 - Atualizado em 24/01/2018 17:55
Roberto Pinto
Roberto Pinto / Folha da Manhã
Na volta do recesso, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) tirou da pauta de julgamentos dessa segunda-feira o recurso do vereador Roberto Pinto (PTC), condenado em primeira instância na ação eleitoral por participação no “escandaloso esquema” de troca de votos por Cheque Cidadão na última eleição municipal em Campos. No entanto, o parlamentar continua em destaque hoje, com a audiência de defesa em outros desdobramentos da operação Chequinho: o processo criminal, marcada para às 10h, no Fórum Maria Tereza Gusmão. Além de Roberto, também são réus na mesma ação o vereador Thiago Ferrugem (PR) e Vinícius Madureira (PRP), afastado do cargo por condenação em segunda instância. Além deles, também são acusados a suplente Cecília Ribeiro Gomes (PT do B) e Marcos André Elias de Freitas.
Roberto Pinto rompeu politicamente com o grupo do ex-governador Anthony Garotinho e chegou a relatar que estava sofrendo ameaças no início do ano passado, mas o nome do parlamentar que tem base eleitoral na região em Dores de Macabu continuou sendo citado nas investigações.
Antes das férias, durante o mês de dezembro, o TRE acelerou os julgamentos da Chequinho. Os vereadores Kellinho (PR), Linda Mara (PTC), Thiago Virgílio (PTC), Miguelito (PSL) e Ozéias (PSDB) tiveram as condenações mantidas pela Corte. Agora, todos eles aguardam a apreciação dos embargos de declaração, último recurso a ser julgado em segunda instância que, se negado, acarreta no afastamento da Câmara. Desde o final do ano passado, o Regional colocou a ação de Roberto Pinto na pauta. No entanto, a assessoria de imprensa do Tribunal não informou o motivo do adiamento.
Audiência - Se o julgamento de Roberto foi adiado ontem no Rio de Janeiro, ele tem outro compromisso com a Justiça Eleitoral de Campos hoje. A primeira audiência da Chequinho em 2018 terá as testemunhas de defesa de Roberto, Ferrugem, Madureira, Cecília e Marcos.
Ontem, Coimbra negou o pedido da defesa dos réus para adiar o interrogatório. “Indefiro o pedido de adiamento, pois a data foi marcada em audiência com a concordância de todos os réus e advogados. Além disso, trata-se de processo penal eleitoral cujo rito exige celeridade”, disse nos autos o magistrado.
A primeira audiência do processo aconteceu no dia 27 de novembro, quando o juiz Ricardo Coimbra determinou a retirada da tornozeleira de Thiago Ferrugem. O advogado Carlos Azeredo, que também representa o ex-governador Anthony Garotinho, e neste caso defende Cecília e Madureira, requereu que Paulo Cassiano fosse intimado para prestar depoimento, mas Coimbra rejeitou sob o argumento de que o nome do delegado está no processo desde o início e não foi requisitado seu testemunho anteriormente. No entanto, a defesa extraiu os depoimentos para representar contra o delegado. 

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