Associação quer contraprova na perícia do vídeo de Garotinho na prisão
22/01/2018 16:54 - Atualizado em 22/01/2018 17:44
Imagem divulgada no dia seguinte da suposta invasão
Imagem divulgada no dia seguinte da suposta invasão / Imagem divulgada no dia seguinte da suposta invasão
                                                               Imagem divulgada no dia seguinte da suposta invasão
O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo, defende que, para confirmar ou descartar completamente a edição nos vídeos do monitoramento da cela do ex-governador Anthony Garotinho, o material e o equipamento usados para filmar precisam passar pela perícia oficial.
“Falar de intervenção humana sem deixar dúvidas só é possível através metodologia adequada, ou seja, temos que garantir, por exemplo, que não seria uma falha do próprio equipamento”, afirma Camargo, que representa uma das carreiras da Polícia Federal.
Segundo a associação, no caso de Garotinho, a competência pela perícia oficial é do Instituto Carlos Éboli, da Polícia Civil Fluminense.
Em nota que será divulgada nesta segunda-feira (22), a associação explicará que “o trabalho da perícia oficial não se confunde com o desempenhado pelos assistentes técnicos do investigado ou réu e do Ministério Público, sendo inadmissível, em havendo vestígios, qualquer dispensa do trabalho da perícia oficial e da devida imparcialidade na produção das provas”.
Nos últimos dias foi divulgada a opinião de perícia realizada pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro sobre o caso, que concluiu ter havido edição nas imagens. A APCF afirma que, além da especialidade técnica, é preciso que o material passe pelos peritos oficiais por determinação de lei.
“Espera-se que, em respeito às disposições do Código de Processo Penal, as evidências relacionadas ao caso, incluindo os equipamentos, sejam devidamente analisadas por órgão de Perícia Oficial, dotado de especialistas forenses em evidências multimídia e a quem efetivamente compete realizar as análises científicas com vistas à produção das provas materiais, imprescindíveis ao esclarecimento dos fatos”, afirma Camargo.
Os peritos do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro identificaram que três câmeras no presídio em Benfica, Zona Norte, foram desligadas, e uma teve a imagem congelada. O laudo diz que houve ausência de movimento com padrão de "interrupção". 
(Fonte: G1)

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    Suzy Monteiro

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