Verão aumenta fluxo na RJ 224
Jéssica Felipe 30/12/2017 16:20 - Atualizado em 02/01/2018 14:18
Paulo Pinheiro
A RJ 224, denominada oficialmente por rodovia Afonso Celso, é a principal via de acesso entre os municípios de Campos e São Francisco de Itabapoana, indo até a divisa com o estado do Espírito Santo. Com 71 quilômetros de extensão, a rodovia é considerada a “mais tranquila” da região, segundo o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv). Mesmo com essa ressalva, a equipe do BPRv considera que ainda ocorrem algumas imprudências no trecho, como a ultrapassagem irregular de veículos e o não uso do farol baixo. Para o Norte Fluminense essa é uma das rotas mais utilizadas para o escoamento da produção agrícola, principal atividade econômica da região. Outro aspecto é que, com a chegada do verão, a movimentação de acesso as praias é crescente, o que tem reforçado a ação da Polícia Rodoviária Estadual.
Segundo historiadores do município, a inauguração do asfaltamento da RJ 224, no trecho entre Travessão de Campos e São Francisco, aconteceu em 1978. Seis anos depois o trecho entre São Francisco e Praça João Pessoa também foi contemplado. Em 1990, a via que liga Praça João Pessoa a Barra do Itabapoana recebeu o asfalto.
A inauguração dinamizou o comércio local. Roberta Barreto, moradora de Imburí, uma das principais localidades a margem da rodovia com venda de produtos locais, trabalha na “Barraca do Papai”, ponto comercial do seu tio. Ela conta que a atividade (de ambulantes na pista) é uma das mais antigas e “garante a sobrevivência de muitas famílias”. Questionada sobre a movimentação do fim do ano, ela destaca que “as vendas foram melhores que a do ano passado”. Segundo Roberta, os produtos locais com maior procura são o queijo e a tapioca.
Em julho de 2017, em busca de melhorias para a rodovia, a prefeita de São Francisco de Itabapoana, Francimara Barbosa Lemos, participou de uma reunião, em Campos, com o diretor da 3ª Residência de Obras e Conservação (ROC) do Departamento de Estrada de Rodagens do Rio de Janeiro (DER-RJ), Ivan do Amaral. Foi debatida a construção de uma rotatória na Rodovia RJ 224, na altura da Rodoviária Municipal.
Amaral explicou que é preciso realizar um levantamento topográfico para a elaboração de um projeto definitivo, que permitirá o início da obra. De acordo com o subsecretário municipal de Planejamento e Desenvolvimento, Alex Favorett, o trabalho já está sendo feito por técnicos da prefeitura.
Paulo Pinheiro
BPRv tem atuado para coibir irregularidades
A RJ 224 conta com um posto do Batalhão Polícia Rodoviária Estadual (BPRv), próximo a Imburi. De acordo com o 3º sargento Namir Machado Júnior, apesar do fluxo ser maior nessa época do ano, no geral, a via é considerada “tranquila” em comparação as outras rodovias estaduais da região. “A 224 é a rodovia que apresenta melhores condições de tráfego. Em outro posto, no mesmo período de trabalho, eu registro o triplo de ocorrências”, relatou.
No posto de Imburí, um dos principais trechos da rodovia, a maior quantidade de registros diz respeito a ultrapassem irregulares, não uso do farol e documentação veicular incorreta ou ausente. Segundo o agente do BPRv, as operações especiais de fim de ano tiveram início no último dia 22. O trabalho será mantido até o dia 2 de janeiro de 2018. Apesar de não ser definida como prioritária, a RJ 224 também será atendida. Segundo comando da unidade, “todo o esforço empenhado tem por objetivo não só fiscalizar, mas prevenir acidentes”.
Paulo Pinheiro
Tabernarte chama atenção em Morro Alto
Para aqueles que transitam na rodovia, outra característica marcante chama atenção, especificamente na localidade de Morro Alto: o Tabernarte, uma construção colorida que mistura cultura e arte.
Criado no ano de 2000 pelo artista plástico Perez Dová, o espaço que já contou com oficinas de artesanato, pintura, apresentações de teatro e muito mais, hoje se encontra fechado com uma placa de “vende-se”.
O diretor cultural de São Francisco de Itabapoana, Paulo Roberto, explica que o lugar nunca teve iniciativa da Prefeitura, por isso “fechou as portas no ano passado”. “Para o próximo ano, o Departamento de Cultura está tentando uma parceria para retornar com as atividades. O que eu sei, é que o Perez não está na cidade”.
O centro cultural que foi construído em um terreno íngreme, à beira da rodovia Afonso Celso, onde havia um lixão, hoje é reconhecido no Mapa Cultural do Estado do Rio de Janeiro.

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