Caso Sunset: denunciantes não recorrem e ação é encerrada
25/10/2017 20:07 - Atualizado em 25/10/2017 20:15
Diferente dos casos mais comuns na Justiça Eleitoral, quando um grupo político denuncia outro e leva as acusações até a última instância, o chamado “caso Sunset” foi encerrado (arquivado na seção) com a decisão do juiz local. Não houve recurso contra a sentença do juiz Leonardo Cajueiro, da 37ª Zona Eleitoral, que absolveu todos os acusados. Em 2012, o PMDB e a coligação “São João da Barra não pode parar” — que venceram o pleito com Neco (PMDB) como prefeito e Alexandre Rosa (hoje PRB) como vice — denunciaram o grupo político liderado, à época, pelo ex-prefeito e candidato ao mesmo cargo Betinho Dauaire (PR) de participação em um esquema de compra de votos no dia anterior ao da votação. Os denunciantes apresentaram imagens do circuito interno de câmeras do edifício Sunset, em Campos, onde alegavam que teria ocorrido uma entrega de dinheiro para a compra de votos.
Além de Betinho, também foram denunciados seu candidato a vice, Gersinho Crispim (atual SD), hoje vereador e membro da bancada de sustentação ao governo Carla Machado (PP); o presidente do diretório do Partido da República em SJB, Bruno Dauaire, hoje deputado estadual; os ex-vereadores Kaká (Avante) e Zezinho Camarão (DEM); os radialistas Winster Brito (à época candidato a vereador) e Luiz Fernando; Jakson Meireles, então candidato a vereador pelo PTC, e Rodrigo Rocha, à época candidato a vereador pelo PR. Completam a lista de denunciados Lucas Assed, que seria o proprietário do imóvel onde, de acordo com a denúncia, os políticos estiveram um dia antes da eleição; e Ranan Sampaio, então candidato a vereador pelo PC do B.
O caso Sunset tem forte ligação com a Machadada, sendo os investigados de uma, testemunhas e investigantes da outra. Contudo, na Machadada, Carla, Neco, Alexandre e o vereador Alex Firme (PP) foram condenados em primeira e segunda instância — pendente, ainda, a análise dos embargos de declaração do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e, posteriormente, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na sentença do Sunset, o juiz diz que foram muitas menções no curso do processo à Aije da Machadada.

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    Arnaldo Neto

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