Câmara retoma sessão para votação de denúncia contra Temer
25/10/2017 15:43 - Atualizado em 25/10/2017 18:13
Câmara vota denúncia contra Temer
Câmara vota denúncia contra Temer / Agência Brasil
Após ser encerrada por falta de quórum, a sessão da Câmara dos Deputados para votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral) foi reaberta por volta das 14h30. A sessão anterior foi aberta no plenário da Câmara às 9h19.
O presidente e os ministros são acusados de formar uma organização criminosa para ocupar cargos públicos e arrecadar propinas, estimadas em R$ 587 milhões. Temer também é acusado de obstrução de Justiça. O Planalto nega todas as acusações.
Tanto o presidente quanto os ministros só poderão ser investigados pelo STF se pelo menos 342 do total de 513 deputados se manifestarem contra o relatório de Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que defende a inadmissibilidade da denúncia.
O sistema já registra 346 deputados presentes no plenário. Já existe, portanto, quórum suficiente para que a Câmara vote a segunda denúncia contra o presidente Temer.
O deputado José Guimarães (PT-CE) fala agora na tribuna. Ele defende a aceitação da denúncia contra o presidente Temer, ou seja, o voto "não", para rejeitar o relatório aprovado na CCJ.
O deputado Silvio Costa (Avante-PE) pede o microfone para introduzir uma questão de ordem. Ele questiona o fato de o requerimento que pedia o adiamento da votação foi desconsiderado.
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) sobe à tribuna para defender o voto "não", para rejeitar o parecer da CCJ que recomenda o arquivamento da denúncia contra Temer. "Se tivéssemos conseguido adiar essa votação, com certeza adiaríamos a aprovação de inúmeras medidas prejudiciais ao povo brasileiro", disse ele.
Quem fala agora é o deputado Júlio Delgado (PSB-MG). "É clara a existência de indícios" contra o presidente Michel Temer, diz ele. "Ninguém aqui hoje quando for dar seu voto vai estar condenando ou dando pena ao Temer. Vamos estar autorizando o prosseguimento da investigação pelo Supremo Tribunal Federal."
O deputado Leo de Brito (PT-AC) pede o microfone para solicitar que o presidente Rodrigo Maia ouça argumentos sobre outro requerimento apresentado pelo partido solicitando a divisão da denúncia. “Seu requerimento não será reconhecido porque essa decisão já foi tomada”, respondeu Maia.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS