300 Anos de Bênçãos...
17/10/2017 12:54 - Atualizado em 17/10/2017 12:56
 
Nossa Senhora Aparecida
Nossa Senhora Aparecida / Google
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Senhora Aparecida, Mãe Padroeira, em vossa singela imagem, há 300 anos aparecestes nas redes dos três benditos pescadores no Rio Paraíba do Sul. Como sinal vindo do céu, em vossa cor, vós nos dizeis que para o Pai não existem escravos, apenas filhos muito amados. Diante de vós, embaixadora de Deus, rompem-se as correntes da escravidão! Assim, daquelas redes, passastes para o coração e a vida de milhões de outros filhos e filhas vossos. Para todos tendes sido bênção: peixes em abundância, famílias recuperadas, saúde alcançada, corações reconciliados, vida cristã reassumida. Nós vos agradecemos tanto carinho, tanto cuidado! Hoje nós vos acolhemos como Mãe, e de vossas mãos recebemos o fruto de vossa missão entre nós: o vosso Filho Jesus. Recordai-nos o poder, a força das mãos postas em prece! Amém!”
Nesta semana em que a Igreja Católica comemora os 300 anos do aparecimento da imagem de Nossa Senhora Aparecida a três pescadores em São Paulo, a história se repete, mas no Rio Grande do Sul. Outra imagem da santa foi encontrada, também por três homens que pescavam. O fato ocorreu em São Domingos do Sul, cidade gaúcha situada na Região Norte do estado. Era para ser só mais um dia que os amigos se encontravam para pescar. Em um pequeno barco, eles entraram no Rio São Domingos em busca de peixes. “Nós fomos pescar em outro lugar, e não pegamos nada. Aí eu disse: “Vamos lá embaixo”, que há 50 anos eu pescava com meu pai e nós pegávamos peixes”, lembra um dos pescadores, José Castelani. Depois de lançar a rede várias vezes no rio sem capturar um só peixe, eles decidiram repetir o processo pela última vez. E foi aí que tiveram a surpresa: a rede veio cheia de peixes e junto deles a pequena imagem de Nossa Senhora Aparecida. “O que chamou a atenção é que no momento que eu estava recolhendo a rede, eu vi um negocinho vermelho. Disse para o meu colega: “Olha uma coisinha vermelha embaixo da rede, o que será que é?”. Fui puxando, puxando e vi imagem de Nossa Senhora Aparecida”, descreve Olvide Bassani, outro pescador. Os amigos, que são devotos da santa, quase não acreditaram no que viram. “Foi de arrepiar. Uma única rede cheia de peixe e encontrar uma imagem de Nossa Senhora, é muito gratificante”, diz Diego Klaus, o terceiro pescador.
Que possamos renovar a nossa fé nos sinais que recebemos de Nossa Senhora Aparecida em seus 300 anos.
Esta semana foi rica em comemorações... datas que uníssonas significam o futuro e a história de um povo... interligadas pela vida, que se traduzem em liberdade, autonomia, conhecimento e plenitude espiritual...
Comemoramos a criança, que em sua pureza, singeleza, sinceridade e transparência de sentimentos, nos ensina que a vida é rica e simples! As crianças não discriminam, não separam, não julgam, pelo contrário, agregam e se solidarizam, encontram na simplicidade respostas e pontes que tornam o caminho mais acessível. O sorriso da criança, sua entrega, seus sonhos, são tão reais e palpáveis que nos trazem fé na vida!
A pureza se mistura à fé, e então, reflito sobre o dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, que comemoramos no mesmo Dia da Criança... Nossa Senhora nos traz humildade, a confiança irrestrita em seu filho Jesus, a mulher que agregou os apóstolos para vivermos uma fé viva em Jesus de Nazaré!
Que possamos sempre enxergar com olhos de pureza, sinceridade, simplicidade e solidariedade... os sinais do mundo, percebendo a importância da fé, de professar o conhecimento e de agirmos com a liberdade de uma criança que busca sempre uma convivência sincera e um mundo pacífico, que tenha as cores do arco íris, refletida em cada um de nós. É como nos diz o Papa Francisco... “As crianças são um sinal de esperança, sinal de vida, mas também sinal de "diagnóstico" para compreender o estado de saúde duma família, duma sociedade do mundo inteiro. Quando as crianças são acolhidas, amadas, protegidas, tuteladas, a família é sadia, a sociedade melhora, o mundo é mais humano”.
Comemoramos amanhã o Dia do Professor... Falar da docência é falar das várias profissões que transpõem e se sobrepõem a esta. Enquanto professores, somos mágicos, ao fazermos malabares com diversas situações que atingem nossa imagem e a vida pessoal. Somos atores, somos atrizes, que interpretam a vida como ela é, sentimos e transmitimos emoções ao conviver com tantas performances. Somos médicos, ao receber crianças adoentadas pela miséria, pela falta de tempo da família, pela carência de tempo de viver a própria infância. Somos psicólogos, ao ouvir as lamentações advindas de uma realidade dura, que quase sempre nos impede de agir diante do pouco a se fazer. Somos faxineiros, ao tentarmos lavar a alma dos pequenos, das mazelas que machucam estes seres tão frágeis e tão heroicos ao mesmo tempo. Somos arquitetos, ao tentarmos construir conhecimentos, que nem sabemos se precisos, que nem sabemos se adequados. Ao parar e pensar, talvez seja possível encontrar, em cada profissão existente, um traço de nós professores. Por isso, apesar de sermos muitos... somos um só... múltiplos na unidade e únicos na multiplicidade... somos professores... educadores que professam sua fé no Humano.
Que fique conosco a composição do Padre Zezinho para os 300 anos de bênçãos: “... Nestas colinas de Aparecida, solidários no sacrário, missionários queremos ser, pequenina, restaurada a sua Imagem nos ensinou a ser um povo que não sabe esmorecer e se acaso for ferido, oprimido e esmagado, esquecido e machucado, outra vez reencontrado, nosso povo saberá renascer...”
Com afeto,
Beth Landim

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Sobre o autor

    Elizabeth Landim

    [email protected]