Nova Mesa Diretora toma posse na Câmara de Campos com discursos de pacificação
02/01/2023 17:40 - Atualizado em 03/01/2023 09:58
  • Posse da Mesa Diretora (Foto: Genilson Pessanha)

    Posse da Mesa Diretora (Foto: Genilson Pessanha)

  • Posse da Mesa Diretora (Foto: Genilson Pessanha)

    Posse da Mesa Diretora (Foto: Genilson Pessanha)

  • Posse da Mesa Diretora (Foto: Genilson Pessanha)

    Posse da Mesa Diretora (Foto: Genilson Pessanha)

  • Posse da Mesa Diretora na Câmara de Campos

    Posse da Mesa Diretora na Câmara de Campos

  • Posse da Mesa Diretora da Câmara de Campos

    Posse da Mesa Diretora da Câmara de Campos

A Mesa Diretora eleita para o biênio 2023/2024 na Câmara Municipal de Campos tomou posse na tarde desta segunda-feira (2). Tanto os vereadores de oposição, quanto os de situação estiveram presentes. Depois de um ano de polêmicas na Casa, a cerimônia foi marcada por um clima de pacificação. O prefeito Wladimir Garotinho (sem partido), que foi ao Rio de Janeiro acompanhar a posse dos secretários nomeados pelo governador Cláudio Castro, chegou a tempo de participar da solenidade. Assim como o secretário de Estado de Governo, Rodrigo Bacellar (PL), que veio prestigiar o irmão, Marquinho (SD), que assumiu a Presidência da Câmara Municipal. Outras autoridades também estavam presentes no evento, como o secretário estadual de Habitação, Bruno Dauaire, e o deputado estadual Chico Machado, assim como ex-prefeitos, ex-vereadores, além de secretários municipais e representantes da sociedade civil organizada. 

Antes de ocupar a tribuna ao lado do seu vice Frederico Paes e de Rodrigo Bacellar, com quem trocou abraços, Wladimir falou sobre a parceria que espera manter com a Câmara para viabilizar projetos que beneficiem a população de Campos.

 — Estou aqui para prestigiar o novo presidente eleito Marquinho Bacellar. É um momento importante para a cidade. Os poderes são independentes, mas precisam trabalhar para o bem da cidade. É isso que eu farei, é isso que eu espero. Muita maturidade, muito compromisso, muita responsabilidade de ambas as partes. Eu conversei com Marquinho Bacellar já algumas vezes sobre como fazer o trâmite, como fazer a conversa entre os poderes e tenho certeza que tudo vai caminhar bem para o bem do povo de Campos. A gente está começando o ano agora e eu fiz aqui um acordo entre as casas, entre a Prefeitura e o Legislativo, de que a gente vai programar durante 15 dias. Tudo que for mandado para cá, 15 dias antes a gente vai ter uma pauta para despachar tudo com ele — declarou Wladimir, que repetiu as palavras ao discursar na tribuna.

Rodrigo chegou à Câmara acompanhado dos deputados estaduais Chico Machado e Rodrigo Amorim e alguns representantes do Governo do Estado, que também vieram prestigiar a posse. Chico, que é de Macaé, é cogitado para assumir o lugar de Rodrigo no Governo, já que o deputado será candidato à presidência da Assembleia Legislativa do Rio, com grandes chances de se eleger.

— Com muita satisfação, de manhã eu tomei posse como secretário, me desloquei com os companheiros  para cá, e voltamos ainda hoje para o Rio, que amanhã tem mais trabalho, tem um estado para tocar. Mas estou muito feliz. Não podia deixar de prestigiar esse evento aqui de posse do presidente da Câmara, que, por um acaso, é meu irmão. Tenho pedido a ele sensatez, que siga um pouco os passos do nosso pai, que foi um grande presidente dessa Casa. Um cara aguerrido, mas sempre respeitoso com cada parlamentar que participou aqui à época no comando dele como presidente. E é esse mesmo sentimento que a gente está tentando levar para a eleição da Assembleia no dia 2 de fevereiro, e caminha para ser chapa única. Eu acho que a gente está conseguindo o entendimento de praticamente todos os colegas do parlamento, e, se for da vontade de Deus, com muita humildade, a gente vai trabalhar para no dia 2 sedimentar eu assumindo a Assembleia Legislativa e tendo a honra de ver meu irmão presidente aqui no parlamento em Campos — afirmou Rodrigo Bacellar.

O secretário estadual de Governo falou, ainda, da polêmica eleição na Câmara de Campos, que foi suspensa pela primeira vez após derrota de Fábio Ribeiro (PSD), como candidato da situação, e que voltou a se repetir em dezembro, quando então Marquinho foi eleito em chapa única. Bacellar falou sobre a necessidade do entendimento, mas que antes de acontecer foi marcado por discussões acaloradas, pautas trancadas e ameaça de perda de mandato de vereadores que faltavam as sessões por não concordarem com a suspensão da primeira eleição.

— Eu posso dizer que fui uma das grandes testemunhas dessa confusão no ano inteiro. A gente tentou conciliar o tempo inteiro. É natural. Acho que a política, quanto mais interiorana, ela pulsa mais para o fígado. Qualquer briga, qualquer movimento errado, faz com que todo mundo se digladie de uma maneira que não deve chegar e ultrapassar certos limites como aconteceu aqui. Mas acho que já passou, a gente não pode ficar olhando para trás. Quem vive vida pública não pode ter retrovisor. Os personagens principais, que éramos eu e o prefeito do município, sentamos, pedimos desculpas naquilo que exageramos e procuramos fazer um pacto para o bem da cidade de Campos. Eleição vai ser no momento oportuno, mas a gente tem que dar sustentação ao prefeito. Quem quiser ser oposição, a gente respeita, faz parte da vida pública, mas, repito, sem ultrapassar os limites”, afirmou Rodrigo, que também seguiu a mesma linha de discurso ao falar para o público na tribuna, onde também homenageou o pai Marcos Bacellar, que foi vereador e também presidiu a Câmara.

A importância do entendimento entre o Executivo e o Legislativo municipal também foi ressaltada pelo secretário estadual de Habitação, Bruno Dauaire, que prestigiou a cerimônia na Câmara de Campos. “Vim prestigiar a posse do presidente Marquinho Bacellar, a passagem do ex-presidente Fábio Ribeiro, que também teve uma gestão de excelência. Graças a Deus, Campos vive um momento importante, recebendo investimentos do Estado, e é muito importante que a Câmara esteja aliada com o Poder Executivo. E a gente torce muito para que essa paz reine nos próximos anos. O desafio hoje de estar na secretaria de Habitação é muito grande. É uma secretaria recém-criada, a gente tem que trabalhar para essa população que mais precisa de moradia no estado do Rio de Janeiro e a gente está preparado para a missão de ajudar essa população, reduzir o déficit habitacional e preparar um projeto habitacional efetivo paro o estado do Rio de Janeiro”, destacou.

Ao assumir a Câmara Municipal, Marquinho Bacellar aproveitou para falar sobre o entendimento que oposição e situação chegaram, creditando ao governador Cláudio Castro, ao irmão e Wladimir. "Demorou para acontecer, mas veio no momento certo. Nos reunimos diversas vezes até chegar a um consenso de que vaidade e briga política fica para segundo plano (...)  A gente espera nesses dois anos ter uma Câmara livre. Abrir a Câmara para a população. Essa Casa tem que voltar para o povo. Wladimir, a gente não precisa morrer de amor, mas precisa se respeitar. Ainda temos dois tempos para reconstruir a história da nossa cidade. Vamos nos unir. Vamos nos respeitar em rede social, vamos nos respeitar no Plenário. O momento de briga passou. Vamos construir uma nova história sem guardar ódio e rancor. Esperem de mim sempre respeito e honestidade. Estou com o coração aberto e limpo para ser o presidente dessa Casa”, destacou o novo presidente.

A nova Mesa Diretora terá, além de Marquinho, o 1º vice-presidente, Marquinho do Transporte (PDT); como 2º vice-presidente, Abdu Neme (Avante); como 1º secretário, Maicon Cruz (PSC); como 2º secretário, Fred Machado (Cidadania); como 1º suplente, Bruno Vianna (PSD); e como 2º suplente, Rogério Matoso (União).

O novo presidente já encontra a composição do Legislativo um pouco diferente do que foi em 2022. Marquinho não terá mais como colega o antecessor Fábio Ribeiro, que assumiu a secretaria municipal de Obras e Infraestrutura de Campos.

Quem voltou à Câmara foi o vereador Fred Rangel (PSD), que saiu da pasta de Serviços Públicos para reassumir a vaga. Álvaro Oliveira, vereador que não compareceu à cerimônia de posse, que era o suplente de Fred, vai agora ficar na cadeira de Fábio.

Outro que já está pronto para assumir é o suplente Edson Batista (Podemos), que entrará, até então, na vaga de Thiago Rangel, vereador que tomará posse em 1º de fevereiro como deputado estadual.


 

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