Presidente da Câmara de São João da Barra, Elísio Rodrigues (PL) espera que a nova prefeito de São João da Barra, Carla Caputi (sem partido), cumpra as promessas de campanha feitas pela ex-prefeita Carla Machado (PT), em relação a investimentos no município. Caputi toma posse nesta terça-feira (05), às 19h, em solenidade no Legislativo. Ela chega ao cargo de prefeita após a renúncia de Carla Machado, que é pré-candidata a deputada estadual (aqui). No mês passado, a então prefeita teve uma derrota na Câmara, ao perder a eleição da Mesa (aqui). Os vereadores romperam o combinado com ela, que era o de votar em Chico da Quixaba (PP) para o próximo biênio, e elegeram Alan de Grussaí (Cidadania). Após a derrota, Carla reuniu seus aliados (aqui), fez críticas aos adversários e também falou sobre os pedidos dos vereadores, comparando requerimentos a cartinhas de Papai Noel. Elísio, que vai avaliar o posicionamento da Câmara em relação ao novo governo, espera que Carla Caputi trate os vereadores com mais respeito.
— A gente não sabe nem se é ou não governo. Começa a gestão de uma nova prefeita, que vai iniciar agora, e a gente não sabe qual será o tom, como a prefeita vai trabalhar para o município. Independentemente de situação ou oposição, a Câmara vai estar ali para dar suporte e acreditar que vão ser feitas as coisas, que não vão tratar os nossos requerimentos como cartinha de Papai Noel. Que ela tenha mais respeito, pelo menos com o trabalho dos vereadores — pontuou Elísio.
O atual presidente da Câmara também cobra investimentos no município. “A gente espera que Carla Caputi faça o que Carla Machado prometeu fazer: um bom mandato, obras, o que tem que ser feito. A gente espera que o município vá para frente, não fique só em discurso em relação a programa sociais, o tempo todo falando disso, e a cidade do mesmo jeito”, pontuou. Vale lembrar que, nas redes sociais, a ex-prefeita disse que deixou o município com quase R$ 260 milhões em caixa.
Para Elísio, a entrada de Carla na corrida por uma das 70 cadeiras na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) muda a configuração pela disputa de votos no município, mas isso não deve interferir diretamente no campo estadual, já que o número de eleitores no município, cerca de 37 mil, é pequeno em relação a todo o estado (cidade vizinha, por exemplo, Campos tem cerca de 360 mil eleitores). “Em SJB, com certeza, para os candidatos que buscam votos e têm seus apoiadores no município, isso mexe no tabuleiro de todo mundo. Mas não acredito que seja nada que possa impactar diretamente, devido ao nosso número de eleitores. Eu acho que ela deve ser a mais votada em SJB, mas nada que possa interferir na eleição ninguém. Ela já foi candidata e os outros candidatos continuaram tendo votos no município”, analisou o presidente da Câmara.
