Obesidade e qualidade de vida serão avaliados
Jhonattan Reis 30/05/2017 18:56 - Atualizado em 31/05/2017 14:59
Obesidade, saúde e qualidade de vida serão temas de uma palestra que será ministrada amanhã (1º) pelo endocrinologista Tércio Rocha, em Campos. O evento, promovido pelo Carpe Diem SPA, tem o título “O tratamento da obesidade” e acontece a partir das 19h30, no Centro de Convenções da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos (CDL/Campos), no Centro. Com 25 anos de experiência na área, Rocha adiantou alguns dos assuntos que serão tratados na palestra, entre eles a compulsão alimentar.
— Compulsão alimentar é a incapacidade de parar de comer ou de não comer, ainda quando se tem a consciência de que se está acima do peso, pré-diabético e hipertenso, por exemplo. Gostar de comer não é o problema. O problema é não conseguir parar de comer.
O endocrinologista explicou sobre a diferença entre fome e vontade de comer.
— Só tem fome quem sofre de privação alimentar. Estou há 12 horas sem comer, logo estou com fome. Do que sofre o alcoólatra? De sede ou de vontade de beber álcool? O alcoólatra sofre de dependência química. Em 45% dos obesos, a compulsão alimentar, vontade máxima de comer, é o que existe, não a fome.
Segundo ele, há compulsão por doces e compulsão por salgados.
— Na maioria das vezes, as compulsões por doces vêm acompanhadas de depressão serotoninérgica, enquanto a compulsão por salgados pode estar mais associada à depressão dopaminérgica.
O médico respondeu, ainda, duas perguntas frequentes a endocrinologistas.
— Parar de fumar engorda? Falta de sexo engorda? Então, parar de fumar, muitas vezes tem como rebote uma depressão dopaminérgica, o que acarreta uma compulsão alimentar e o consequente ganho de peso. Uma vez tratado de maneira correta, a compulsão é controlada e o tratamento de emagrecimento pode prosperar — disse, acrescentando:
— Cada etapa de prazer bloqueada dá origem a uma frustração associada à falta de prazer, e o sexo é um dos maiores promotores de fortes descargas cerebrais de serotoninas, endorfinas. Uma vez que o corpo está sem essa fonte de prazer, o sexo, ele irá buscar os mesmos desfechos neuroquímicos (liberação de endorfinas, serotonina), comendo, por exemplo, chocolates e pizzas.
Outro assunto abordado por Tércio Rocha foi qualidade de vida.
— É um conjunto de atitudes que propiciam ao corpo e ao cérebro o ambiente químico necessário para os seus máximos rendimentos. Para isso, é necessário: dormir bem; tomar ao menos dois litros de água por dia; comer pelo menos cinco porções de frutas, verduras e legumes por dia; usar azeite extra virgem; tomar vinho; tomar café; ter amigos; se divertir; fazer ao menos 30 minutos de atividades físicas por dia; meditar; mentalizar; fazer sexo; conversar; sorrir; ter pensamentos e atitudes positivas.
Para quem tem mais de 60 anos, o especialista recomenda uma agenda cheia.
— O ser humano não pode ficar parado, nem física, nem mentalmente. Atualmente recomenda-se que após a aposentadoria e a saída dos filhos de casa as pessoas devem procurar viver com grupos de amigos, ter atividades físicas diárias, atividades lúdicas diárias, dietas orientadas, meditação, leitura. 

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