Oposição paga conta por recuo no aumento das cadeiras na Câmara de SJB
A decisão de aumentar ou não o número de cadeiras na Câmara de São João da Barra sempre dividiu opiniões. No parlamento, nesta quarta-feira (25), a definição de manter as nove foi por unanimidade. Pelo número de habitantes do município, a Casa poderia chegar a contar com 13 vagas. Apesar da decisão ser dos nove atuais, os nomes mais crucificados foram os dos vereadores da bancada de oposição: Eziel Pedro (MDB) e, principalmente, Franquis Areas (PL).
Eles assinaram junto com a base governista — Aluizio Siqueira (PP), Alex Firme (PP), Caputi (Podemos), Chico da Quixaba (PSL), Gersinho Crispim (SD), Ronaldo da Saúde (Pros) e Sônia Pereira (PT) — o documento lido em plenário (aqui), com a informação que, em comum acordo, todos eles decidiram manter o atual número de cadeiras para a próxima legislatura.
É muito estranho o assunto ter sido levado ao plenário. Se não houve proposta para ampliação, e é impossível que se reduza, era só deixar passar o prazo, de um ano antes da próxima eleição, que a Lei Orgânica do município não seria alterada e permaneceriam as nove vagas na Casa.
Ao levar o tema para discussão, com uma decisão já tomada a portas fechadas, o que os parlamentares fizeram foi rolar a bola para críticas.
Franquis é pré-candidato a prefeito pela oposição. Com o seu voto, pode “conquistar” a antipatia de alguns que queiram disputar uma cadeira na Casa, mas vê o espaço sendo reduzido com o mesmo número de vagas da legislatura atual. Sem falar nas possíveis dificuldades na montagem das nominatas para o Legislativo no seu grupo — o número atual de cadeiras e o fim das coligações proporcionais resultam em um quociente eleitoral mais alto.

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    Arnaldo Neto

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