Câmara de SJB não vai ampliar número de cadeiras
25/09/2019 10:37 - Atualizado em 25/09/2019 11:39
A expectativa pelo aumento da representatividade na Câmara de São João da Barra, aventada desde 2015, foi por água abaixo mais uma vez. Pela legislação vigente, o município do Norte Fluminense, que tem pouco mais de 36 mil habitantes, pode ter entre nove e 13 cadeiras. Na Legislatura anterior, a maioria dos parlamentares chegou a se posicionar favoravelmente ao aumento, mas a ideia não prosperou. Desta vez, para votação em 2019, o presidente da Casa, Aluizio Siqueira (PP), chegou a dizer que não havia consenso quanto ao número, mas que a Câmara ampliaria o número de cadeiras para 11 ou 13. Os demais vereadores, da base ou oposição, faziam coro a esse discurso. Porém, nesta quarta-feira (25), em reunião com portas fechadas, que atrasou o início da sessão em quase uma hora, os atuais vereadores acordaram que a Casa continuará com nove vereadores.
Coube a Aluizio ler a decisão: “Excelentíssimo senhor presidente da Câmara, os edis abaixo-assinados vêm por meio desta requerer à mesa-diretora, na forma regimental, após ouvido o plenário, que em face de reunião ocorrida nesta manhã nesta Casa de Leis, foi acordado entre os presentes que será mantida a redação do artigo 5º da Lei Orgânica municipal, tratando das disposições relativas ao número de vereadores desta Câmara Municipal que permanecerá em nove”. Além de Aluízio, assinaram o documento Ronaldo da Saúde (Pros), Eziel Pedro (MDB), Franquis Areas (PL), Sônia Pereira (PT), Alex Firme (PP), Chico da Quixaba (PSL), Caputi (Podemos) e Gersinho Crispim (SD).
O aumento do número de cadeiras é uma discussão antiga em SJB. E vale lembrar que tal mudança não altera o repasse mensal que a Câmara recebe. Na legislatura anterior, o recuo de alguns parlamentares, que chegaram a firmar posição favorável em entrevista a este blog, caiu na conta da atual prefeita Carla Machado (PP), então pré-candidata. À época, a base governista do ex-prefeito Neco (MDB) estava rachando e muitos vereadores já se alinhavam com Carla. Na votação em plenário, houve clara divisão de quem estaria com quem para a disputa a prefeito no ano seguinte.
Desta vez, porém, a decisão foi unânime. Governistas e a bancada de oposição votaram pela manutenção das nove cadeiras. Muitos pretensos à reeleição, em uma nova configuração de disputa, sem coligações, eles devem ter avaliado estratégias também nesse sentido. A conferir, como ficará no futuro, na decisão do eleitor, na urna, em 2020.

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    Arnaldo Neto

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