O programa “Nessa Escola Tem Gratidão, Poesia e Educação”, promovido pela secretaria municipal de Educação, Cultura e Esporte (Smece), vai realizar, a partir desta sexta-feira (16), atividades direcionadas ao Ensino de Jovens e Adultos (EJA) da rede municipal do segundo segmento do ensino fundamental (6º ao 9º ano).

A equipe responsável pelas atividades é coordenada pelo guarda civil municipal e palestrante Ivan Silva de Souza e composta pela psicopedagoga Lucienne Beatriz Oliveira; pela licenciada em Música e doutora em Políticas Sociais Karina Barra Gomes; e pela pedagoga Jerusa Boechat. O projeto tem como objetivo transmitir aos estudantes, por meio de palestras, a valorização e a importância da cultura local, com destaque na música e poesia, em uma era globalizada.

— As tradições locais da região, como as bandas civis, Mana Chica, capoeira e Cavalhada são enraizadas de maneira informal. As memórias, os saberes e os fazeres dão sustentação para as culturas populares regionais — destacou Karina Barra Gomes, que afirmou, também, ser muito agradecida por “ajudar a transmitir esses conhecimentos que adquiri e fundamentei na minha tese de doutorado sobre cultura popular”.

Os primeiros traços registrados de formação cultural vieram da transmissão da cultura oral por 400 anos, até serem registradas no papel por Homero, em Ilíada e Odisseia, cerca de 900 anos antes de Cristo. Esta relação com a cultura oral também será abordada nos encontros promovidos pelo programa.

Além da equipe, o projeto contará com a participação da médica pediatra e poetisa Angela Sarmet e do delegado titular da 144ª Delegacia de Polícia (Bom Jesus do Itabapoana) Marcio Caldas. A primeira atividade do programa “Nessa Escola Tem Gratidão, Poesia e Educação” será na Escola Municipal Lions I, no Parque Santa Rosa, no dia 16. Em seguida, será a vez da Escola Santa Teresinha, em Baixa Grande, no dia 23. Ainda serão marcadas novas palestras.

Coordenador do programa, Ivan Silva de Souza destacou o caráter de Segurança Pública presente no projeto e citou exemplos de patrimônios históricos vandalizados. Ele ressaltou que, quando se explica a origem e desperta a curiosidade, o cidadão busca preservar, além de torná-lo ciente das consequências legais da depredação. “Estamos formando cidadãos”, afirmou.