Novos diálogos atribuídos a Moro e procuradores sugerem articulação
23/06/2019 14:45 - Atualizado em 26/06/2019 15:03
O jornal Folha de S.Paulo publicou em sua edição deste domingo reportagem, em parceria com o site The Intercept Brasil, que, segundo os veículos, mostraria que “procuradores da Lava Jato se articularam para proteger Sérgio Moro e evitar que tensões com o Supremo Tribunal Federal paralisassem investigações num momento crítico para a força-tarefa em 2016”.
A Folha afirma que se tentava “evitar que a divulgação de papéis encontrados pela Polícia Federal na casa de um executivo da Odebrecht acirrasse o confronto com o STF ao expor indevidamente dezenas de políticos que tinham direito a foro especial - e que só podiam ser investigados com autorização da corte”.
O jornal diz que os supostos diálogos “sugerem que o incidente foi causado por um descuido da Polícia Federal no dia 22 de março de 2016, quando ela anexou os documentos da Odebrecht aos autos de um processo da Lava Jato sem preservar seu sigilo, o que permitiu a divulgação do material por um blog mantido pelo jornalista Fernando Rodrigues”.
Os supostos diálogos indicam que, “assim que soube, no dia seguinte, Moro escreveu ao procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, para reclamar da polícia e avisar que acabara de impor sigilo aos papéis.
Segundo a Folha, Moro teria dito que colocou "sigilo 4 no processo", diz que a atitude da Polícia Federal foi "tremenda bolas nas costas" e que não vê alternativa senão remeter o processo do marqueteiro do PT, João Santana ao STF. E que a atitude da PF "vai parecer afronta". 
 
 
 
 
 
 

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