Clarissa e Rosinha na mira de delação do "Rei Arthur"
Aldir Sales 19/06/2019 22:18 - Atualizado em 26/06/2019 14:59
  • Rosinha, Garotinho e Clarissa

    Rosinha, Garotinho e Clarissa

O colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim, publicou em seu blog que o megaempresário Arthur Soares, conhecido como “Rei Arthur”, também teria citado em sua negociação de delação premiada a deputada federal Clarissa Garotinho (Pros) e sua mãe e também ex-prefeita de Campos Rosinha Garotinho (Patri). De acordo com a publicação, Arthur teria dito que as duas receberam doações via caixa dois em campanhas eleitorais. Anteriormente, o jornalista já havia publicado que a delação também atingiria o ex-governador Anthony Garotinho (sem partido).
O jornalista cita, ainda, que “Rei Arthur” teria também falado aos procuradores que ele repassou caixa dois ao atual prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), ao ex-prefeito carioca, Eduardo Paes (DEM), e ao ex-governador Sérgio Cabral (MDB).
O empresário, denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo escândalo de compra de votos para o Rio de Janeiro sediar a Olimpíada de 2016, está foragido em Miami, nos Estados Unidos, e negocia a delação premiada com a promotoria.
Anteriormente, o colunista havia publicado que Garotinho, com base nas declarações de “Rei Arthur”, teria o chamado no Palácio Laranjeiras porque “estava com dificuldade em guardar dinheiro”, uma vez que “a propina seria paga em espécie”.
O jornalista diz que o ex-governador teria pedido para que Arthur guardasse cerca de R$ 10 milhões, entregues em três malas. A publicação diz, também, que a delação teria 55 anexos e aponta Arthur como o maior fornecedor de serviços de vários governos do Rio de Janeiro e teria “destrinchado negócios com três ex-governadores”: além de Garotinho, a esposa dele, Rosinha, e Sérgio Cabral, que está preso e condenado a mais de 100 anos de cadeia por corrupção.
A postagem de Lauro Jardim diz que há relatos de esquemas de corrupção em secretarias, como de Segurança, Saúde, Educação, Administração Penitenciária (Seap) e Ciência e Tecnologia, além de órgãos como Departamento de Trânsito (Detran), Departamento de Estradas e Rodagens (DER), Corpo de Bombeiros e Tribunal de Contas do Estado (TCE), porém, as negociações estariam em “ponto morto”.
Na última sexta-feira, Garotinho voltou ao protagonismo das manchetes quando o juiz Leonardo Cajueiro, da 2ª Vara Criminal de Campos, determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 18 milhões dele e da esposa em um novo desdobramento da operação Chequinho, porém, na Justiça comum. O magistrado também determinou que o político da Lapa use tornozeleira eletrônica e determinou o recolhimento do réu em dias de folga e no período noturno, além da proibição do político da Lapa de frequentar Campos.
Pelas redes sociais, Garotinho disse que está sendo vítima de perseguição. A equipe de reportagem não conseguiu contato com Clarissa e Rosinha até o fechamento desta edição.

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