Plateia se emociona com filme francês
Celso Cordeiro Filho 30/05/2019 17:26 - Atualizado em 06/06/2019 13:50
Durante a apresentação do filme “Um Homem e uma Mulher” (Un homme et une femme/1966), de Claude Lelouch, quarta-feira (29), no Cineclube Goitacá, a médica Sandra Maria Teixeira dos Santos reafirmou ter sido impactada quando viu a produção francesa no Rio de Janeiro e, por isso, decidiu apresentá-la. “Esse filme modificou minha maneira de ver a vida e daí querer partilhar com a turma que frequenta o Cineclube Goitacá”, disse.
Após a exibição, ofereceu uma taça de vinho aos presentes para festejar o acontecimento. “Num tempo de tanta insensibilidade, é importante assistir uma linha história de amor. Os atores Anouk Aimée e Jean-Louis Trintignant estão maravilhosos sob a direção bastante competente de Claude Lelouch. Outros aspectos importantes são a fotografia e a trilha sonora de Francis Lai. A música brasileira recebeu linda homenagem através de ‘Saravá”, de Baden Powell e Vinicius de Moraes”, destacou.
O filme de Claude Lelouch está, agora, completando cinquenta e três anos. Até 1966 Lelouch não passava de um ilustre desconhecido. Com seis fracassos de público e crítica, o cineasta andava deprimido. “Lembrem-se bem deste nome: vocês nunca mais ouvirão falar dele”. Foi com esta frase cruel que, em 1963, a revista de cinema “Cahiers du Cinéma” tentou descartá-lo de vez do cenário cinematográfico.
A ironia do destino é que quatro anos mais tarde, em 1967, Lelouch ganharia a Palma de Ouro no Festival de Cannes e o Oscar de melhor filme estrangeiro e melhor roteiro original por seu novo filme.

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