Chamado de 'infiel', ex-presidente do PSC em SJB rebate Bruno Dauaire
25/04/2019 18:55 - Atualizado em 25/04/2019 18:55
Apesar de o ex-prefeito Betinho Dauaire ter lançado (aqui) o aliado Franquis Areas (PR) como pré-candidato a prefeito de São João da Barra, Bruno Dauaire (PSC) é quem continua no alvo das discussões políticas na terra de Narcisa Amália.
Na quarta-feira da semana passada (dia 17), o então presidente do diretório municipal do Partido Social Cristão (PSC) anunciou que deixava a legenda por não pactuar com a entrada de Dauaire para o partido do governador Wilson Witzel. Renato Timotheo, aliado de longa data da prefeita Carla Machado (PP), chamou Bruno de “oportunista”.
A nota publicada no blog (aqui) repercutiu nos bastidores da Alerj e levou à reação do deputado. Aproveitando a bola rolada, Bruno usou (aqui) uma imagem da linha do tempo de Timotheo, declarando apoio a Eduardo Paes (DEM), para afirmar que o então presidente do PSC sanjoanense deveria ter saído da legenda antes, pois foi “infiel” com Witzel.
Agora, nas redes sociais, Renato voltou a levantar a discussão. Em sua publicação, o diretor executivo do Regime Próprio de Previdência Social sanjoanense, o SJBPrev, diz que sua opção política em 2020 foi por “apoiar candidatos que mostraram interesse em ajudar São João da Barra”. Timotheo lembrou que Paes chegou a fazer campanha no município e disse que “várias vezes uma agenda, mas o partido não teve tempo para São João da Barra, até o candidato a deputado federal que me pediu apoio não veio uma vez sequer”.
Para encerrar seus argumentos, Renato usou uma foto de Bruno com adesivo do então candidato do PRP a governador, Anthony Garotinho, que teve a candidatura impugnada. “Depois que as pesquisas apontaram Witzel como favorito no segundo turno, o deputado entrou na marola, só falta dizer que foi ele o dono dos votos do governador”.
Pode até não parecer, mas o jogo político para 2020 já começou em SJB. E a polarização Dauaire x Machado volta a ganhar contornos. Bruno não se lançou pré-candidato. Carla — que tenta reverter no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a inelegibilidade, por ora suspensa liminarmente, da Machadada — também não. No entanto, as opções que se lançam como possíveis nomes de terceira via devem ficar atentos.
Os grupos políticos começam a demarcar espaço neste dualismo, enquanto os nomes de terceira via ainda estão totalmente fragmentados e alguns, inclusive, sem partido para lançamento de possíveis candidaturas.

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    Arnaldo Neto

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