A Comissão da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que analisa o impeachment do governador Luiz Fernando Pezão (MDB) se reuniu pela primeira vez nessa quinta-feira (13) e definiu que o prazo para a defesa apresentar seus argumentos vai ser de dez sessões. A presidente da comissão, Martha Rocha (PDT), e o relator do caso, Bruno Dauaire (PRP), queriam que o prazo fosse de dez sessões, como diz o regimento interno, porém, foram votos vencidos, juntos com Doutor Julianelli (PSB), Filipe Soares (DEM) e Silas Bento (PSL).

Votaram pelo prazo de dez sessões, seguindo uma jurisprudência de outros processos de impeachment pelo país, Flávio Serafini (Psol), Zaqueu Teixeira (PSD), Enfermeira Rejane (PCdoB), Nivaldo Mulin (PR), Luiz Paulo (PSDB), Tio Carlos (SD), Márcio Pacheco (PSC) e Benedito Alves (PRB). O deputado Dionisio Lins (PP) pediu para deixar a comissão em razão de problemas de saúde.

Com a decisão, não existe a possibilidade que os trabalhos sejam concluídos ainda em 2018, uma vez que só há mais três previstas antes do recesso legislativo.

— A Alerj demorou muito para dar prosseguimento ao processo de impeachment. É uma missão para mim. Claro que não é uma felicidade relatar o processo de impeahcment de um governador, mas vamos trabalhar dentro do procedimento legal e dos prazos estabelecidos, com direito ao contraditório. É algo muito importante pelo momento político do Estado — afirmou Dauaire em entrevista à Folha na última quarta-feira.