Propostas e polêmicas no debate
Suzy Monteiro 23/10/2018 22:19 - Atualizado em 24/10/2018 18:35
Os candidatos ao Governo do Estado do Rio, Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM) realizaram, no início da noite desta terça-feira, mais um debate do segundo turno das eleições. Ao contrário do enfrentamento anterior, os dois apresentaram mais propostas e falaram sobre um dos pontos que mais importantes para a população: a saúde. Mas as polêmicas não ficaram de lado: O ex-prefeito do Rio questionou o ex-juiz sobre a proximidade deste com o advogado Luiz Carlos Azenha, condenado a dois anos de reclusão em regime aberto por corrupção ativa e por ter ajudado o traficante Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, durante sua fuga da Rocinha, em 2013. Witzel disse que as questões já foram devidamente respondidas, que apenas indicou a Azenha um advogado e chegou a acusar Paes de estar pagar para que esta questão fosse divulgada. O debate foi realizado pelo SBT, UOL e Folha de São Paulo.
Em entrevista publicada pela revista “Veja”, no início do mês, Azenha contou que pedia doações e organizava almoços e jantares para Witzel quando ele ainda era um candidato desconhecido, e pedia votos em diferentes municípios do Estado. Numa troca de mensagens, o ex-juiz o teria convidado para ir à sua casa (“quando quiser, venha”). Eles têm fotos juntos, com as respectivas mulheres. O juiz nega qualquer relacionamento e afirma que Azenha apenas foi seu aluno e não estava trabalhando na campanha.
Nesta terça, Witzel disse que, em um eventual governo seu, traficante não terá vez: “Já nos comprometemos a resolver os problemas da polícia e vamos investigar a lavagem de dinheiro. Porque é através da lavagem de dinheiro que estes fuzis estão entrando aqui”, disse.
Em outra pergunta, Witzel questionou Paes sobre o que pretende fazer, se eleito, para retomar obras paralisadas como consequência da corrupção. Paes respondeu, afirmando que não são muitas obras paralisadas e, segundo ele, as que estão têm outros motivos: “um exemplo é a Transbrasil, que é muito mais por incompetência de seu aliado, o prefeito Crivella. Aquela obra nunca esteve prevista para acabar no meu governo, era no próximo. A gente tem que aprender que as obras de infraestrutura precisam continuar, independente do governante que entrar”, disse.
Na questão da Saúde, Paes afirmou que vai firmar parcerias com municípios e aplicará na área acima do estabelecido por lei, que é 12%. Ele promete 15%. Witzel afirmou que aplicar o percentual da Saúde é obrigação e disse que pretende reabrir as Casas de Saúde, criando sete mil leitos de imediato.

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